A McLaren está praticamente insuperável em 2025. A equipe já abriu mais de 200 pontos de vantagem no campeonato de construtores e tem Oscar Piastri e Lando Norris competindo pelo título de pilotos. O que mais chama a atenção, porém, é que a equipe de Woking conseguiu esse desempenho mesmo com menos tempo de testes aerodinâmicos do que os rivais, devido às regras da Fórmula 1 que limitam o acesso ao túnel de vento para a equipe campeã.
O chefe da Williams, James Vowles, admitiu estar impressionado com a eficiência da McLaren. Em entrevista à imprensa, ele destacou como a equipe rival soube lidar com as restrições sem perder competitividade: “Não é fácil manter esse nível quando você está no topo. É por isso que a McLaren é impressionante”, afirmou.

Por ser a atual campeã de equipes, a McLaren tem direito a menos horas no túnel de vento do que adversários como Red Bull, Ferrari e Mercedes. Mesmo assim, a equipe não só manteve seu ritmo de desenvolvimento como ainda ampliou sua vantagem. Vowles explicou que, mesmo com menos recursos, uma equipe pode compensar com eficiência. “O impacto principal é que você tem menos tempo no túnel de vento, mas pode ser mais eficiente nos experimentos. É uma questão de foco”, disse.
Ele também comentou sobre a evolução da Williams, que subiu para o quinto lugar no campeonato, mas afirmou que a equipe não mudou seus planos por causa disso. “Nosso chefe de aerodinâmica, Adam Kenyon, já havia preparado a equipe para esse cenário”, completou.
Andrea Stella, chefe da McLaren, atribui o sucesso da equipe ao trabalho meticuloso nos fundamentos técnicos. Em vez de depender de uma única inovação revolucionária, a equipe investiu em melhorar a precisão entre os dados de simulação (túnel de vento e CFD) e o desempenho real na pista. “Não existe uma ‘bala mágica’ na F1. O sucesso vem do trabalho sólido nos detalhes”, afirmou Stella. “Desenvolvemos metodologias para garantir que nossas atualizações funcionem não só nos simuladores, mas também nas corridas. Isso exige pessoas talentosas e líderes competentes — e temos isso aqui.”
