A saída de Christian Horner do comando da Red Bull Racing, parece ter sido articulada nos bastidores com um certa antecedência. De acordo com o jornal alemão BILD, o consultor da equipe, Helmut Marko, desempenhou um papel fundamental nas conversas internas e esteve presente na reunião em que a decisão foi comunicada oficialmente ao dirigente.
O encontro definitivo teria ocorrido no dia 08 de julho, em Londres, com a presença de Marko e do CEO da Red Bull GmbH, Oliver Mintzlaff. No dia anterior, durante uma videoconferência, Mintzlaff apresentou aos acionistas Chalerm Yoovidhya e Mark Mateschitz, a proposta de demissão de Horner, que recebeu sinal verde. Segundo a publicação, Mintzlaff já havia sinalizado, durante o final de semana do GP da Áustria, a intenção de promover mudanças estruturais na equipe.
Ainda segundo o BILD, o desempenho recente da Red Bull e a cláusula contratual de Max Verstappen, que permite sua saída caso não esteja entre os três primeiros do campeonato até o fim de julho, foram fatores cruciais na decisão. A presença de Marko nessas negociações reforça sua influência no processo.
Outro indício de desgaste foi a perda, por parte de Horner, da responsabilidade sobre o marketing da equipe-irmã, Racing Bulls. Mesmo pressionado a renunciar ao cargo, ele teria resistido até que o próprio Yoovidhya, antes aliado próximo, interveio diretamente, ameaçando romper completamente os laços com o dirigente britânico.
Esse distanciamento entre Horner e Yoovidhya, ficou ainda mais evidente em um evento promovido por Horner no dia 02 de julho, em sua propriedade em Oxfordshire. A tradicional sessão de tiro ao prato, que contava com cerca de quarenta convidados, teve como ausências notáveis tanto o acionista tailandês quanto Max Verstappen. O piloto holandês teria cancelado de última hora, alegando problemas estomacais.
Menos de uma semana depois, a Red Bull oficializou a saída de Horner, encerrando um ciclo de mais de duas décadas à frente da equipe que comandou desde sua entrada na Fórmula 1.
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