A demissão de Christian Horner do comando da Red Bull Racing após duas décadas, causou forte reação na imprensa britânica, que classificou a decisão como chocante e indicativa de uma crise interna na equipe.
O The Independent descreveu a saída como ‘a bomba das bombas’ para uma equipe já acostumada a anúncios inesperados, destacando o impacto dessa decisão. Segundo o jornal, Horner deixou o campus de Milton Keynes após uma despedida emocionada com a equipe na manhã de quarta-feira (09), encerrando ali um ciclo iniciado em 2005, quando assumiu o comando da então recém-formada Red Bull Racing.
A BBC, por sua vez, analisou os possíveis motivos por trás da decisão. Em sua avaliação, fatores como queda de desempenho, saída de membros-chave, decisões questionáveis e a incerteza sobre o futuro de Max Verstappen pesaram na balança. “No fim, parece que a Red Bull ficou sem motivos para manter Horner”, resumiu a emissora.
O The Guardian alertou para uma fase de instabilidade que pode se agravar. “A remoção de Horner representa o fim de uma era na Fórmula 1 e, no curto prazo, o período mais turbulento da história da Red Bull”, escreveu o jornal. Ainda segundo a publicação, a decisão pode ter ligação com os movimentos da Mercedes em direção a Verstappen, sugerindo até que o piloto já tenha fechado acordo com a equipe concorrente, o que teria custado o cargo de Horner.
A Sky Sports também opinou, destacando a queda brusca de rendimento da equipe como fator decisivo. “A montanha-russa da segunda metade da última temporada continuou este ano, com a Red Bull claramente atrás da McLaren e acumulando um déficit de quase 300 pontos na metade do campeonato”, observou a emissora. Embora Horner já tenha vivido fases sem vitórias, a perda de performance dentro do mesmo ciclo de regulamento foi considerada alarmante.
Essa saída de Horner marca um ponto de inflexão na trajetória da Red Bull na Fórmula 1, com a imprensa britânica apontando não apenas o fim de um ciclo vitorioso, mas também o início de um período de incertezas.
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