O chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, demonstrou surpresa com algumas decisões tomadas por equipes concorrentes durante o GP da Inglaterra de Fórmula 1, especialmente com as trocas de pneus ainda no fim da volta de apresentação. Segundo ele, as paradas iniciais para pneus de pista seca, feitas por nomes como Charles Leclerc (Ferrari) e George Russell (Mercedes), não fizeram sentido.
A corrida em Silverstone foi marcada por clima instável e variações constantes entre pista seca e molhada. Max Verstappen, que largou na pole, terminou apenas em quinto após enfrentar dificuldades com o acerto de pista seca de seu carro e uma rodada que o deixou momentaneamente em décimo. Ainda assim, Horner destacou o trabalho de recuperação da equipe.
“Foi importante não parar cedo demais”, afirmou Horner à imprensa. “Depois, a escolha do pneu se tornou essencial. O pneu duro foi o ideal no último stint no ano passado, e acho que acertamos a hora de fazer os pit stops hoje (domingo).”
Horner criticou diretamente as estratégias de quem optou pelos pneus slicks logo na volta de apresentação: “Ir para os pneus slicks no começo da corrida foi muito arriscado. Os carros que pararam logo no início… aquilo não fez sentido algum”, afirmou, em contradição à avaliação de Russell, que defendeu sua decisão como ‘não estúpida’.
Apesar de não alcançar o resultado ideal, a Red Bull conseguiu minimizar danos. A equipe evitou duas paradas seguidas em curto espaço de tempo ao segurar Verstappen até a chegada da chuva, o que Horner definiu como uma escolha fundamental para preservar o desempenho.
“Estava claro para nós que a chuva viria. Todas as informações que tínhamos indicavam que ela chegaria em cerca de oito ou dez minutos, então era questão de sobreviver até a chuva chegar. Depois, colocar um novo jogo de intermediários”, acrescentou.
Na mudança final para os pneus de pista seca, o chefe da Red Bull também considerou que o time fez a escolha no momento exato: “Parecia que a pista demorava uma eternidade para secar. Mas conseguimos encontrar o momento certo para colocar Max nos pneus médios e levar até o fim”, completou.
Verstappen ainda teve uma disputa com Pierre Gasly, da Alpine, nas voltas finais, consolidando o quinto lugar como um resultado razoável diante das adversidades. Para Horner, a leitura correta da corrida e o trabalho coletivo da equipe foram decisivos para salvar um domingo que poderia ter sido muito pior.
GP de Abu Dhabi