Christian Horner se despediu oficialmente do cargo de chefe de equipe da Red Bull Racing, em um evento realizado na quarta-feira (09) na sede da equipe em Milton Keynes. Em tom emocionado, o britânico anunciou que não seguirá mais à frente das operações do time, mas confirmou que ainda manterá um vínculo com a empresa.
“Continuarei empregado pela companhia, mas operacionalmente, o bastão será passado adiante”, afirmou Horner em seu discurso de despedida aos funcionários da equipe.
O francês Laurent Mekies, que liderou a Racing Bulls pelos últimos dezoito meses, foi confirmado como substituto de Horner no comando da Red Bull. No entanto, apesar da permanência contratual do ex-chefe, fontes indicam que ele não terá mais nenhuma função ativa na equipe, uma vez que a organização já trabalha em uma nova direção para o futuro.

Na prática, Horner foi colocado em licença remunerada. Com alguns anos ainda restantes em seu contrato, a situação traz desafios para a Red Bull, especialmente por tudo o que ele representou durante sua longa trajetória. Sob sua liderança, a equipe conquistou oito títulos de pilotos, seis campeonatos de construtores e 124 vitórias em GPs, que são marcas que o colocam entre os mais bem-sucedidos chefes de equipe na história da Fórmula 1.
Além disso, Horner é o integrante mais bem pago da equipe depois de Max Verstappen, o que torna inviável uma simples rescisão com compensação padrão. As negociações sobre os termos de sua saída envolvem cifras consideráveis, e o próprio Horner poderá impor condições, como a redução de sua ‘licença de jardinagem’ (período em que um funcionário de uma equipe de F1 deve ficar afastado antes de assumir um cargo em outra equipe da categoria), permitindo que ele assuma um cargo em outra equipe em menos tempo.
Enquanto essas tratativas não forem concluídas, Horner permanecerá no quadro da Red Bull, recebendo pagamentos conforme previsto em seu contrato.
