O sábado em Hungaroring teve de tudo — recorde de equilíbrio na fase decisiva da classificação, desabafo de campeões, previsões sombrias e a melhor volta de um brasileiro na era turbo-híbrida. Charles Leclerc colocou a Ferrari na pole com 1min14s315, mas a façanha ganhou ainda mais peso quando a estatística mostrou o Q3 mais apertado da história da Fórmula 1: os dez primeiros ficaram dentro de 0s337, superando a marca de Jerez-1997.
Na primeira fila, Leclerc divide espaço com Oscar Piastri, enquanto Lando Norris parte em terceiro, selando a força dupla da McLaren. George Russell abre a segunda fila com a Mercedes, seguido pela dupla da Aston Martin, Fernando Alonso e Lance Stroll. A grande sensação do dia, porém, foi Gabriel Bortoleto: depois de uma madrugada de ajustes no Sauber, o paulista encaixou uma volta impecável e largará em sétimo, seu melhor grid na categoria . O próprio piloto contou que “quebrou o toque de recolher” para achar o acerto ideal e disse ser “frio e calculista” quando precisa reagir a um dia ruim.
Max Verstappen sairá apenas em oitavo — posição que o holandês classificou como “melhor do que esperava” diante das dificuldades do RB21. Ainda assim, ele se disse convicto de que Lewis Hamilton, 12º colocado, deverá “recuperar no domingo” . Do outro lado, Hamilton protagonizou o desabafo mais contundente: “sou absolutamente inútil”, declarou, após ficar fora do Q3 pela segunda corrida consecutiva, pressionando ainda mais a Ferrari em meio ao otimismo crescente nas últimas semanas.
Verstappen aproveitou para esfriar as expectativas dos torcedores da Red Bull. Segundo ele, o pacote de atualizações não resolveu o balanço do carro e “não dá para acreditar em mais vitórias em 2025” caso o cenário não mude radicalmente.
Com um grid comprimido, estratégias em aberto e previsão de chance de chuva, o GP da Hungria promete uma corrida de xadrez às 10h (de Brasília). Acompanhe o tempo real no F1Mania.net e as transmissões de Band e F1 TV Pro.
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