A quarta-feira (10) foi dominada pelo nome de Gabriel Bortoleto no F1MANIA.NET. Em série de entrevistas repercutidas no site, o brasileiro falou de pressão, gratidão, identidade visual e mercado — enquanto a Fórmula 1 também ganhou novidades sobre o projeto de retorno a Kyalami e o fechamento dos testes da Pirelli em Monza.
Bortoleto, titular da Sauber, tratou com naturalidade a cobrança da torcida do Brasil. “Há pressão, obviamente… O Brasil é tão emotivo, tão apaixonado pelo esporte, que qualquer atleta passa a ser visto como o ‘próximo’,” disse, antes de destacar que transforma a expectativa em combustível: “Vejo isso como algo positivo, pois recebo muito apoio do Brasil”. Segundo ele, mesmo as críticas fazem parte do jogo e refletem o desejo do público por bons resultados.
O piloto também reconheceu o papel decisivo de Fernando Alonso em sua trajetória. Em conversa destacada pelo F1MANIA.NET, Bortoleto foi direto: sem o apoio e os conselhos do espanhol, “não sei se estaria aqui”. A relação com o bicampeão aparece como um dos pilares da ascensão meteórica do paulista, que subiu da F3 (2023) para a F2 (2024) e, enfim, ao grid da Fórmula 1.
Na construção de sua marca pessoal, Bortoleto explicou a inspiração do capacete atual: uma mistura de referências a Ayrton Senna e às cores do Brasil. A proposta busca identificar o país na pista sem deixar de ser original — caminho que, segundo ele, ajuda a solidificar uma imagem própria no paddock da F1.
O respeito interno também cresce. Jonathan Wheatley, dirigente da Red Bull, não economizou elogios: para ele, Bortoleto “é a verdadeira promessa da F1”, comentário que reforça a impressão deixada por resultados consistentes desde a metade da temporada. Em paralelo, o repórter Ted Kravitz indicou que equipes de ponta monitoram o brasileiro para os próximos ciclos do mercado — sinal de que seu nome já circula em conversas estratégicas para 2026 em diante.

Fora das pistas, a pauta institucional ganhou força. O governo sul-africano anunciou apoio formal ao projeto que pretende recolocar Kyalami no calendário. O respaldo político é visto como passo relevante para destravar etapas de viabilidade e homologação, ainda que o retorno dependa de acordos comerciais e de infraestrutura compatíveis com os padrões atuais da F1.
Por fim, a Pirelli encerrou os testes em Monza voltados ao desenvolvimento de compostos para 2026. Com pista úmida no início e janela de asfalto seco à tarde, Carlos Sainz (Williams) e Isack Hadjar (Racing Bulls) dividiram o trabalho, incluindo avaliações de um protótipo de pneu intermediário e dos slicks mais macios da nova gama. O fabricante destacou que os dados coletados ajudam a calibrar o “crossover” entre intermediários e pneus de pista seca, além de sustentar a homologação prevista para dezembro.
