O ex-comissário da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e ex-piloto de Fórmula 1, Johnny Herbert, manifestou apoio às propostas de encurtar as provas da categoria, sugeridas em declarações recentes do CEO Stefano Domenicali. Em entrevista, Herbert sugeriu que o GP de Mônaco seria um forte candidato para essa mudança.
Na edição mais recente da corrida no principado, a FIA tentou aplicar uma regra de duas paradas obrigatórias para aumentar a emoção, mas a estratégia não surtiu efeito. As equipes usaram seus dois carros para proteger posições e bloquear rivais, o que intensificou as críticas ao evento. Para Herbert, o ideal seria diminuir a prova: “Monaco é talvez outro exemplo onde uma corrida mais curta poderia funcionar melhor,” afirmou Herbert. “Acho que intensificaria a prova e, assim, produziria corridas ainda melhores do que as que temos hoje.”

O ex-piloto defendeu a ideia com base em sua experiência na televisão, destacando o comportamento da audiência durante as provas.
“Concordo com ele [Domenicali] porque acho que há corridas que são longas demais. Lembro-me que quando estava a trabalhar na televisão, olhávamos para as audiências e elas estão lá no início, há uma quebra no meio, e depois regressam no final para o clímax”, explicou.
“Mas se comprimirmos esse tempo, acho que teremos a atenção do espectador durante todo o evento, porque ele não se pode distrair, pois há sempre o potencial de algo acontecer”, destacou. “Se for um fim de semana com corrida sprint, será que podíamos ter duas corridas de distância similar? Talvez seja outra forma de o fazer e que possa ser mais apelativo para os fãs”, concluiu.
Apesar de ter comentado sobre as sugestões, Domenicali negou que a Fórmula 1 esteja planejando aplicá-las, apenas está estudando formas de trabalhar com o novo público imediatista.
