Michael Schumacher, sete vezes campeão e um dos maiores ícones da Fórmula 1, era amplamente considerado um piloto imbatível, especialmente no período entre 2000 e 2004, quando dominou a categoria com a Ferrari. No entanto, uma revelação feita por Gary Anderson, ex-desenvolvedor de F1, trouxe à tona um aspecto inesperado das habilidades do alemão: suas reações rápidas não eram excepcionais, ao contrário do que muitos imaginam.
Em uma entrevista no podcast ‘Driving Style Secrets of The Race’, Anderson explicou que, apesar da fama de Schumacher como um dos pilotos mais rápidos e calculistas, suas reações imediatas, tanto nas largadas das corridas quanto em situações de risco, como evitar acidentes, eram bastante comuns, se comparadas aos demais pilotos da categoria.
“Michael Schumacher tinha reações absolutamente médias. Isso foi comprovado em diversos testes, não apenas na Ferrari, mas também na Fórmula Medicine, que analisou a maioria dos pilotos do grid nos últimos trinta anos”, afirmou Anderson. Segundo ele, existe um mito em torno da ideia de que todos os grandes pilotos têm reações extremamente rápidas. “As reações dos pilotos variam de muito rápidas a muito lentas, assim como qualquer grupo de controle”, disse ele.
Entretanto, Anderson ressalta que o que realmente diferencia os grandes pilotos não é a velocidade de suas reações, mas sim a capacidade de antecipar o que vai acontecer. Schumacher, segundo o ex-desenvolvedor, era mestre nessa habilidade. Enquanto a aparência externa de suas ações poderia sugerir reações rápidas, elas eram, na verdade, o resultado de uma intuição aguçada e de um raciocínio antecipado.
“Schumacher era excepcionalmente rápido em antecipar os eventos. Se medido apenas pelas reações imediatas, ele seria considerado bastante médio, mas sua habilidade de prever o que aconteceria a seguir era de outro nível”, completou.
GP de Abu Dhabi