Enzo Osella, fundador e dono da extinta equipe Osella na Fórmula 1, morreu aos 87 anos. O italiano construiu uma das equipes mais emblemáticas entre as chamadas ‘nanicas’ da categoria nos anos 1980, deixando um legado que vai além dos resultados na pista.
Nascido em 26 de agosto de 1939, Osella começou cedo a mostrar sua paixão por motores, trabalhando nos carros na oficina do pai após a Segunda Guerra Mundial. Seu primeiro passo competitivo veio como navegador no Rally, especialmente no Rally de Sestriere. Depois de rápidas experiências como piloto, assumiu funções de gestão no automobilismo e, em 1971, passou a comandar o departamento de competições da Abarth.
Após nove anos nas categorias de base, incluindo Fórmulas 2 e 3, a Osella estreou na Fórmula 1 em 1980. O time iniciou com motores Ford DFV, mas enfrentou enormes dificuldades. Falhou em se classificar em várias etapas e abandonou quase todas as corridas, tendo como melhor resultado um 12º lugar.
O momento mais marcante veio em 1982, quando Jean-Pierre Jarier conquistou um quarto lugar no GP de San Marino, um dos raros resultados na zona de pontuação da equipe. Em 1983, a Osella trocou os motores Ford pelos Alfa Romeo, mas os problemas continuaram. Piercarlo Ghinzani obteve um quinto lugar, o último resultado expressivo do time, que acumulava quebras e não-classificações.
Com a imagem desgastada, a Alfa Romeo retirou seu nome dos motores em 1988, que passaram a ser rotulados como Osella. No ano seguinte, Enzo voltou a usar propulsores Ford e, apesar de algum avanço em confiabilidade e desempenho, decidiu vender a equipe para Gabriele Rumi, que a rebatizou como Fondmetal.
Mesmo após deixar a Fórmula 1, Enzo Osella seguiu ligado ao automobilismo com a fabricação de carros de competição, especialmente para provas de montanha. Sua marca continua presente nesses eventos, reforçando o legado de um dos nomes mais dedicados às pequenas equipes da F1.
