Valtteri Bottas terá de cumprir uma penalidade no grid logo em sua estreia pela Cadillac na Fórmula 1, em 2026. O finlandês recebeu uma penalidade de cinco posições no GP de Abu Dhabi de 2024, sua última corrida pela Sauber, após colisão com Kevin Magnussen, então piloto da Haas.
Na ocasião, os comissários avaliaram que Bottas errou significativamente a freada na entrada da curva 6, atingindo o adversário que seguia pela linha normal. Além da perda de posições no grid para sua corrida seguinte, ele também levou três pontos de penalidade em sua Superlicença.
Como ficou sem vaga em 2025, trabalhando como piloto reserva da Mercedes, parecia que a sanção nunca seria aplicada, pois expiraria após doze meses. Porém, com o anúncio de seu retorno ao grid como piloto da Cadillac ao lado de Sergio Perez em 2026, a penalidade voltará a valer, e deverá ser cumprida já na primeira corrida da próxima temporada, o GP da Austrália em Melbourne.

A situação chamou a atenção porque o regulamento esportivo de 2026 trouxe uma mudança que poderia livrar Bottas. O novo texto prevê que punições de grid só são válidas dentro de um período de doze meses. Ou seja, a partir do próximo ano, casos semelhantes expirarão após esse prazo.
No entanto, a FIA esclareceu que a alteração no regulamento não tem efeito retroativo: “Atualmente, a penalidade permanece, já que não há mecanismo para alterá-la de forma retroativa. A mudança foi introduzida para evitar situações anômalas no futuro”, explicou um porta-voz da FIA.
Com isso, a Cadillac viverá uma estreia incomum: alinhar no grid de sua primeira corrida na Fórmula 1 já com um de seus pilotos punido. A menos que Bottas seja chamado como substituto na Mercedes ainda em 2025 e cumpra a penalidade este ano, o cenário em Melbourne será inevitável.
