A FIA respondeu às declarações de Toto Wolff, sobre a possibilidade dos carros da Fórmula 1 alcançarem 400 km/h com as novas unidades de potência a partir de 2026. O dirigente da Mercedes havia afirmado à revista Auto, Motor und Sport que, em determinadas condições de uso de energia, esses números seriam possíveis.
Mais tarde, Wolff explicou em tom bem-humorado que o comentário não passava de uma forma de valorizar os novos motores.
“Parece bom, não? Todo mundo fala mal desses motores, então pensei: existe algo positivo nisso? Se você usasse toda a energia em uma reta, poderia chegar a 400 km/h. Mas não sobraria energia elétrica para o restante da volta”, disse ele.
Apesar da repercussão, o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, garantiu que esse cenário não irá ocorrer: “Posso assegurar que não haverá velocidades de 400 km/h. Acho que foi mais um comentário em tom de brincadeira. Mesmo que se combine todos os fatores, potência e baixa resistência aerodinâmica, as regras de gerenciamento de energia não permitem isso, nem física nem tecnicamente”, afirmou ao PlanetF1.

Tombazis reforçou que a entidade máxima do automobilismo possui mecanismos para intervir caso algo fuja do previsto: “Temos bastante controle sobre os regulamentos e ainda temos um ponto muito importante, que é a segurança. Poderíamos intervir se fosse necessário, mas estamos confiantes de que as regras não permitem esse tipo de velocidade”, acrescentou.
A posição do dirigente da FIA vai ao encontro ao que Max Verstappen já havia comentado ao ser questionado sobre o assunto: “A FIA não vai permitir isso”, afirmou o holandês anteriormente.
Com a nova geração de carros de 2026, a FIA busca manter o equilíbrio entre desempenho, sustentabilidade e segurança, afastando qualquer possibilidade de velocidades extremas na categoria.
