O ex-piloto de Fórmula 1, Jolyon Palmer, acredita que a polêmica decisão da McLaren no GP da Itália com a ordem de inverter as posições de seus pilotos, ainda terá reflexos sobre Oscar Piastri na sequência da temporada. Segundo ele, o australiano pode carregar a sensação de ter sido desfavorecido pela equipe em Monza.
Durante a corrida, Piastri foi chamado aos boxes antes de Lando Norris, em uma tentativa de proteger posição em relação a Charles Leclerc. No entanto, um pit stop lento fez Norris perder o P2 para o companheiro. Poucas voltas depois, a McLaren interveio com uma ordem de equipe para Piastri devolver a posição ao britânico.
“Isso vai pesar sobre ele Piastri, não é? A equipe vai começar a pensar: ‘Será que lidamos bem com aquilo em Monza?’,” afirmou Palmer no podcast F1 Nation.
Com oito etapas restantes, Norris e Piastri estão separados por apenas 31 pontos no campeonato de pilotos. Apesar de poucas tensões até aqui, Palmer vê espaço para questionamentos internos à medida que a disputa se aproxima do fim: “Você precisa lutar por tudo que puder conquistar. Talvez não seja agora, mas em algum momento deste ano terá que acontecer, pela própria história das disputas de título na Fórmula 1. Alguma coisa vai ter que ceder”, avaliou.

O britânico também destacou que, em situações como a de Baku, onde ele próprio enfrentou dificuldades no passado, a dúvida sobre tratamento igualitário dentro da equipe pode surgir: “Você começa a se perguntar: ‘Estou recebendo o mesmo carinho do time? Tenho as melhores estratégias, as melhores paradas? Por que os pit stops de Lando foram mais lentos do que os de Oscar em Monza?’,” acrescentou.
Para ele, tanto Norris quanto Piastri já pensam nessas questões, embora ainda mantenham uma postura colaborativa: “Ambos estão se questionando. Será que em Baku veremos um deles ser mais agressivo? Não sei. Acho que a forma como a McLaren está gerenciando é um pouco forçada, mas por enquanto, eles têm dois pilotos obedientes. Não sei se isso vai continuar assim”, concluiu Palmer.
