A Ferrari voltou a ser alvo de críticas após mais um final de semana decepcionante, desta vez no Azerbaijão. O ex-piloto de Fórmula 1, Jolyon Palmer, afirmou que a equipe italiana tem um carro capaz de superar o da Mercedes, mas falha de maneira recorrente na execução para transformar esse potencial em bons resultados.
“Há algumas semanas eu venho destacando a Ferrari, e agora vou focar um pouco mais depois de alguns falsos começos”, disse Palmer no podcast F1 Nation. “Ainda acho que eles têm um carro melhor do que a Mercedes, mas a execução não está lá.”
O britânico citou que, apesar da evolução do SF-25 desde as férias da categoria, a equipe não conseguiu capitalizar. Em Baku, um desencontro de estratégia fez Lewis Hamilton tentar passar ao Q3 com pneus macios usados e ser eliminado, enquanto Charles Leclerc bateu no Q3 e largou apenas em décimo. O resultado foi um discreto oitavo lugar para Hamilton e nono para Leclerc, após um início de fim de semana promissor, quando ambos lideraram o segundo treino livre.
“Monza foi mais ou menos ok, terminaram onde mereciam, fora do pódio. Mas Baku… você vê Hamilton em um pneu macio usado tentando avançar no Q2 e sendo eliminado, depois Leclerc bate no Q3 e eles terminam 10º e 12º no grid. Isso está muito distante do que o carro deveria ser capaz. Parece um pouco a história da temporada da Ferrari”, criticou Palmer.

Mesmo assim, ele acredita que o GP de Singapura pode ser uma oportunidade para reação, desde que a equipe execute bem sua estratégia: “Antes de Singapura, eu acho que eles deveriam superar a Mercedes. Mas eu voltei e olhei os resultados do ano passado e vi que Ferrari largou em 10º e 9º no grid. Carlos Sainz bateu e Charles Leclerc não marcou tempo por exceder os limites de pista na curva 2. Isso parece a coisa mais Ferrari possível em um circuito onde eles deveriam ser rápidos”, acrescentou.
Para Palmer, é preciso consistência para transformar potencial em pontos: “O número de vezes que eles saem de um final de semana de corrida sem pontos, em situações em que deveriam pelo menos terminar no top 5 é impressionante. A lógica diz que eles serão bons de novo, em baixa velocidade, melhores que a Mercedes, mas precisam colocar isso no papel”, completou o ex-piloto.
