Gary Anderson não acredita nas implicações de George Russell de que o carro de Charles Leclerc estava ilegal no GP da Hungria da Fórmula 1. Ex-diretor-técnico na Jordan e designer na Jaguar, o dirigente deu sua opinião sobre as acusações.
Após a corrida no Hungaroring no final de semana, o titular da Mercedes, que terminou na terceira colocação, apontou que a Ferrari do monegasco tinha ‘algo de errado’ após a queda de rendimento e que o time italiano precisou usar ajustes diferentes para evitar uma desclassificação.

Avaliando a fala do britânico e o desempenho de Leclerc na corrida, então, Anderson não vê como a teoria pode ser verdade. “O que Russell sugeriu é um pouco maluco e rebuscado, na minha opinião. Uma equipe não reduziria o desempenho dessa forma apenas para impedir o desgaste das pranchas. Existem inúmeras outras soluções melhores e menos drásticas”, começou em sua análise no The Telegraph.
“Primeiramente, você mudaria a configuração do carro, deixando a traseira mais rígida ou aumentando ligeiramente a altura do solo para reduzir o desgaste das pranchas. Sim, haverá uma perda de desempenho, mas não na extensão que vimos após sua última parada”, escreveu.
“Quando se trata de pressão dos pneus, novamente, parece improvável. Se você aumentar a pressão dos pneus traseiros, certamente perderá desempenho devido ao superaquecimento dos pneus traseiros. Fazer isso em uma pista onde a tração é absolutamente crítica é loucura. Como vimos no passado, a Ferrari toma algumas decisões estranhas, mas não acho nem por um segundo que Russell esteja fazendo algo aqui. Essas mudanças são um compromisso muito grande”, concluiu.
