A Fórmula 1 se prepara para mais um desafio nas ruas de Baku, palco do GP do Azerbaijão 2025, e as opções estratégicas para a corrida deste domingo estão no centro das atenções. Após uma classificação marcada por seis bandeiras vermelhas, chuva leve e acidentes de peso, como os de Oscar Piastri e Charles Leclerc, Max Verstappen assegurou sua 46ª pole position na carreira e a sexta da temporada.
Atrás dele, a confusão criou um grid fora do comum. Carlos Sainz colocou a Williams na primeira fila pela primeira vez, enquanto Liam Lawson, da Racing Bulls, larga em terceiro. Já os favoritos da McLaren terão que escalar o pelotão: Lando Norris sai da sétima posição, duas à frente de Piastri. A Ferrari também ficou para trás, com Leclerc em décimo e Lewis Hamilton apenas em 12º.
No ano passado, a prova em Baku foi relativamente previsível, com estratégias de uma parada predominando entre Médio e Duro. Em 2024, oito dos dez primeiros optaram pelo stint inicial de pneus Médio (C4) antes de trocar para o Duro (C3). Piastri venceu com essa escolha, superando Leclerc em um duelo direto após a janela de pit stops.

Para 2025, a Pirelli trouxe compostos mais macios – C4, C5 e C6 – mas as simulações ainda apontam a estratégia Médio-Duro como a mais rápida, com paradas ideais entre as voltas 16 e 22. O cenário alternativo é começar de Duro e trocar para Médio entre as voltas 29 e 35, estratégia que pode favorecer quem largar mais atrás no grid.
Há também quem considere arriscar com o Macio (C6). Apesar de pouco provável em stints longos, ele se mostrou mais estável nos treinos do que o esperado. A ideia seria largar com mais aderência e estender a vida útil do pneu até pelo menos a volta 10, antes de trocar para o Duro e seguir até o final. “Talvez alguém tente usar o pneu macio, porque ele se comportou bem em condições frias durante os treinos”, comentou Mario Isola, diretor da Pirelli.

Embora as estratégias de duas paradas tenham perdido força, elas não estão descartadas. O plano mais viável é Médio-Duro-Duro, com paradas entre as voltas 10-16 e 28-34. Nesse caso, a probabilidade de Safety Cars ou novas bandeiras vermelhas pode tornar essa alternativa atrativa em meio ao caos que costuma marcar as corridas no Azerbaijão.
Além dos pneus, o clima pode influenciar. A chuva voltou a cair em Baku no sábado e, mesmo com baixa chance de pancadas durante a corrida, o traçado deve estar “verde”, com pouca borracha depositada, já que apenas a Fórmula 2 complementa o cronograma. O vento também promete ser fator de risco, com rajadas que podem chegar a 35 km/h, complicando a estabilidade dos carros e aumentando as chances de incidentes.

Com Verstappen na pole e adversários importantes partindo de posições desfavoráveis, a prova deve unir estratégias variadas, ritmo imprevisível e clima instável. Todos os ingredientes que fazem do GP do Azerbaijão uma das corridas mais caóticas e emocionantes do calendário da Fórmula 1.
