Paul Monaghan, engenheiro-chefe da Red Bull Racing, afirmou que ficou surpreso com a demissão de Christian Horner do cargo de chefe de equipe e CEO do time de Fórmula 1, anunciada em 09 de julho. Monaghan, que acompanha Horner desde a fundação da equipe em 2005, prestou homenagem ao ex-dirigente e reforçou a importância de união neste momento de transição.
“Para dizer a verdade, foi um choque para mim. Triste”, afirmou Monaghan. “Christian dedicou boa parte da sua vida profissional à equipe e, juntos, conquistamos muito sucesso, talvez mais do que muitos achavam que merecíamos. Mas de qualquer forma, o que está feito, está feito. Então, meu agradecimento a Christian por tudo que ele fez, por mim e por toda a equipe.”
A saída de Horner encerra um período turbulento de dezoito meses, marcado por questionamentos sobre sua permanência no cargo após uma denúncia de conduta inadequada (assédio sexual) feita por uma agora ex-funcionária da equipe no início da temporada 2024 da Fórmula 1. Mesmo tendo renovado contrato em um acordo de longo prazo anteriormente firmado com Dietrich Mateschitz, Horner acabou sendo desligado de forma imediata.
O cargo de chefe de equipe foi assumido por Laurent Mekies, que vinha liderando a Racing Bulls desde o início da temporada 2024. A mudança ocorre em meio a uma fase de queda de desempenho da Red Bull, ao mesmo tempo em que a equipe concentra esforços no desenvolvimento do novo carro e da unidade de potência própria para as novas regras de 2026.
Monaghan elogiou Mekies, mas reconheceu que o novo dirigente terá um grande desafio pela frente: “Laurent foi colocado numa situação difícil. Conheço ele há muitos anos. É uma pessoa acessível, inteligente. Agora, cabe a nós trabalharmos juntos como uma equipe, porque as outras nove não vão nos dar sossego”, acrescentou.
“Se quisermos enfrentá-las, teremos que estar unidos. Estamos dispostos a isso. Laurent está se empenhando ao máximo para que esse seja o nosso objetivo. E, sim, vamos conseguir”, completou o engenheiro.
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