F1: Drugovich revela sua atuação na Aston Martin e sonho de correr no Brasil

Felipe Drugovich está cada vez mais inserido no ambiente da Fórmula 1. Mesmo sem ter participado de nenhuma sessão de pista neste fim de semana do GP de Miami, o piloto brasileiro revelou em entrevista exclusiva ao F1MANIA.NET os bastidores de sua atuação como reserva da Aston Martin, além de comentar o trabalho de desenvolvimento para 2026 e o desejo de voltar ao cockpit ainda nesta temporada.

“Estava até quatro horas da manhã no simulador e saí de lá e vim direto”, contou Drugovich logo no início da conversa, demonstrando o nível de dedicação ao seu trabalho na F1. Segundo ele, o plano da Aston Martin prevê que ele participe de dois treinos livres ao longo do ano. Um deles já foi realizado no Bahrein, e o segundo ainda está indefinido.

“Não é nada oficial ainda, mas acho que esse deve ser o plano”, explicou. “Como eles já tinham testado no Bahrein, era uma oportunidade boa pra testar o carro. Acabei andando com pista de 40 graus, foi um pouco diferente de tudo que eu tinha andado. Acho que foi o menor grip que todo mundo já teve na F1. A pista estava bem lenta, mas foi bom pra entender o carro e ajudar com o desenvolvimento.”

Quando não está guiando, Drugovich cumpre uma rotina intensa junto à equipe nos bastidores. “Normalmente acompanho desde o começo, alguns dias de simulador antes de cada corrida em que estou como reserva. Faço parte de todos os meetings, briefings, tento entender os problemas da pista, fico do lado e absorvo o máximo possível.”

O brasileiro também comentou sua relação com os pilotos titulares da Aston Martin. “Tenho comunicação com eles através dos engenheiros, mas também converso diretamente sobre o carro, o que estão sentindo. É importante pra mim, pra entender a sensação deles e me preparar caso eu precise substituir.”

Drugovich disse ainda que, embora o foco esteja no carro atual, a Aston Martin já começou a trabalhar no modelo de 2026 — ano da nova geração de unidades de potência da Fórmula 1. “Estou fazendo simulações com o carro de 2026, mas ainda é cedo, tem poucos modelos virtuais. O principal foco agora é o motor. Vai ser uma diferença muito grande.”

Ele reconhece, no entanto, que as regras ainda não estão completamente definidas. “De 90% já está decidido sim, mas tem algumas coisas que ainda não estão 100%. Está um negócio meio obscuro.”

Sobre a possibilidade de voltar a guiar ainda em 2025, Drugovich mostrou desejo de estar em casa: “O sonho é ser no Brasil, mas o problema é que o Brasil tem Sprint, e nunca consigo. Talvez Spa seria legal, é uma pista que eu gostaria de fazer de Fórmula 1.”

Ainda que esteja totalmente comprometido com a Fórmula 1, Drugovich admite que mantém planos paralelos. “Sinceramente ainda não sei [sobre 2026]. Não é segredo que eu gostaria de estar na Fórmula 1, mas também tenho que ter um plano B. Estamos conversando, mas é muito cedo ainda pra dizer o que vai acontecer.”

O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com Victor Berto.

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