F1: Chefe da Pirelli concorda com pilotos sobre pneus de chuva intensa serem ‘inúteis’

Mario Isola, chefe da Pirelli no Fórmula 1, manifestou concordância com as críticas dos pilotos referentes ao uso dos pneus de chuva intensa (full-wet tyres) apenas para correr atrás do safety car. Segundo ele, em condições de visibilidade limitada, que têm definido o início das corridas, os pneus de chuva tornam-se “inúteis”.

A discussão veio à tona após o Grande Prêmio da Bélgica de 2023, que foi adiado devido a uma chuva intensa. A corrida começou com cinco voltas de formação lideradas pelo safety car, com o objetivo de dissipar a água acumulada na pista e melhorar a visibilidade. No entanto, todos os carros pararam nos boxes dentro de duas voltas para trocar os pneus de chuva intensa pelos intermediários, uma vez que a mudança do tempo já estava ocorrendo.

George Russell, da Mercedes, classificou os pneus de chuva intensa como “totalmente inúteis”, afirmando que eles servem apenas como ‘pneus de safety car’. Isola concordou com a análise dos pilotos, desde que a precaução da FIA com a visibilidade limitada significasse que as condições para as quais os pneus de chuva intensa foram projetados seriam sempre atrás do safety car.

Isola explicou que, embora o desempenho dos pneus de chuva intensa tenha melhorado muito (em cinco segundos por volta) em comparação com o antigo modelo, ainda não é suficiente para gerar a transição correta com os pneus intermediários. Ele também salientou que todos os times votaram pela introdução do novo pneu de chuva durante a temporada, já que possuíam dados dos testes da Pirelli.

Como possível solução, Isola sugeriu o desenvolvimento de um pneu ‘super intermediário’ ou ‘intermediário plus’, que poderia ser introduzido durante a temporada de 2024. Esta construção única, projetada pela Pirelli há alguns anos, seria utilizada para preencher o espaço entre a visibilidade limitada e as condições secas.

Este produto único ajudaria a Pirelli a reduzir sua carga para melhorar a sustentabilidade – uma questão que motivou a recente experimentação de alocação alternativa de pneus na qualificação na Hungria e a suspensão da proibição do uso de cobertores para pneus.