A Fórmula 1 volta a ter o nome de Flavio Briatore em destaque fora das pistas. O consultor da Alpine está novamente sob investigação da imprensa internacional, com novas apurações sobre sua ligação com Jeffrey Epstein, enquanto a equipe francesa atravessa uma fase de instabilidade e fracos resultados.
Segundo uma reportagem do site Unlimited Hangout, o nome de Briatore aparece no chamado “livro negro” de Epstein, ao lado de personalidades da F1 como Jacques Villeneuve e Eddie Irvine. Não há qualquer acusação formal contra o italiano até o momento, e a Fórmula 1 não fez comentários oficiais sobre o caso. No entanto, a repercussão surge em um momento delicado para a Alpine.
A Renault, dona da equipe, perdeu recentemente seu CEO, Luca de Meo, um dos maiores apoiadores do projeto e responsável pelo retorno de Briatore. O cargo agora é ocupado por Francois Provost, que ainda não manifestou se pretende manter a mesma aposta na equipe de Fórmula 1, em um cenário em que a montadora enfrenta forte pressão financeira.

Além disso, o futuro de Christian Horner, demitido recentemente da Red Bull, também tem sido tema de rumores. Ralf Schumacher afirmou em entrevista à Sky Deutschland: “Não sei se Horner vai voltar. As coisas podem mudar rápido. Há também a questão com a assistente dele, Fiona, que agora aparentemente conseguiu um bom cargo na Cadillac e deve retornar ao paddock.” Ralf ainda revelou que o caso envolvendo Horner será levado ao tribunal em janeiro e que outras equipes aguardam esse desfecho antes de tomar decisões.
Outro ex-piloto, Nico Rosberg, comentou que “Toto Wolff tem muito receio de que Horner queira se tornar presidente da FIA. Acho que ele poderia criar uma nova equipe ou até liderar a Alpine. Ele tem boas relações com Flavio Briatore”.
Pierre Gasly, piloto da Alpine e ex-protegido de Horner na Red Bull, também opinou sobre o ex-chefe: “Christian sempre foi muito bom no que faz. Tenho certeza de que veremos ele em outra equipe. Pela experiência e habilidade que ele tem, muitos times vão se interessar pelos seus serviços.”
Enquanto isso, dentro das pistas, a Alpine continua longe de resultados expressivos. Flavio Colapinto, aposta de Briatore para o futuro, chamou a atenção nos últimos dias ao ser visto viajando em classe econômica para Budapeste. Segundo o jornal espanhol Mundo Deportivo, até uma comissária de bordo pediu foto com o argentino, acompanhado de Pepe Marti, da Fórmula 2, e Mari Boya, da Fórmula 3.
Em declaração à Auto Motor und Sport, Briatore reconheceu as dificuldades da equipe. “Se a gente consegue passar do Q1, normalmente chegamos até o Q3. Eu não faço ideia do motivo”, admitiu o italiano.
Com isso, o nome de Briatore volta a ser associado tanto aos problemas de bastidores quanto à falta de competitividade da Alpine na atual temporada da Fórmula 1.
