F1: Ben Sulayem responde a críticas e evita confronto direto com Mayer

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, reagiu às duras críticas feitas por Tim Mayer, seu provável concorrente na próxima eleição presidencial da entidade. Mayer, ex-comissário da Fórmula 1, classificou a gestão atual como um ‘reinado de terror‘, acusando Ben Sulayem de liderar com uma ‘concentração corrosiva de poder e sem transparência ou integridade’.

Em resposta, Ben Sulayem desdenhou da acusação e minimizou o impacto das declarações: “Alguém me disse que tenho pele de teflon. Na verdade, não. Eu só não leio. Não tenho tempo, então não me afeta, porque nem sabia disso”, afirmou o dirigente para a imprensa.

Sobre a acusação específica de instaurar um ambiente de medo dentro da FIA, ele foi direto: “Sinto pelos que dizem isso. Eles estão desconectados da FIA. Trabalhar como comissário não significa ser um ‘insider’. Um comissário não é parte do quadro da FIA.”

O presidente destacou que a entidade mudou sua forma de atuar: “A FIA agora trabalha para os membros, não apenas para o promotor. Se queremos fazer o esporte crescer, temos que ouvir os membros. São eles que construíram a FIA. Eles são nosso corpo mais forte”, disse ele.

Mohammed Bin Sulayem, Presidente da FIA
Mohammed Bin Sulayem, Presidente da FIA (Foto: XPB Images)

Ben Sulayem também rejeitou entrar em confronto aberto com Mayer: “Se eu for me defender… tenho outras coisas para fazer. Estou muito ocupado. Não vou cair nesse tipo de campanha. Ele é livre para dizer o que quiser. Como dizemos em árabe, uma língua não tem ossos”.

Sobre a demissão de Mayer em 2023, supostamente após um desacordo envolvendo o GP dos EUA e um processo de revisão de penalidade, Ben Sulayem afirmou que não se envolve nesses assuntos: “O que aconteceu foi entre ele e o sistema da FIA. Se tiver algo a dizer, que leve ao Tribunal de Apelação. Não me envolvo em coisas pequenas”, acrescentou.

Ao ser questionado se via Mayer como um candidato relevante, o presidente foi econômico: “Não sei. Estou ocupado com o Campeonato Mundial de Rally, o Rallycross, o WEC. Não posso ser consumido por campanhas. Quem decide são os membros. Se acharem que ele é melhor, votarão nele. Desejo-lhe o melhor”, encerrou Ben Sulayem.



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