Quando optou por ter Kimi Antonelli este ano na Mercedes, Toto Wolff foi bastante criticado, já que o jovem de apenas 18 anos pulou etapas clássicas do caminho para a Fórmula 1, ignorando a Fórmula 3 e indo direto para a Fórmula 2 em 2024, onde teve uma temporada irregular e longe de disputar pelo título.
Entretando, o chefe das flechas de prata bancou a aposta e Antonelli fez sua estreia com um quarto lugar no GP da Austrália, um excelente resultado para um novato. Até o GP de Miami, o italiano se manteve com um bom desempenho, não pontuando apenas no Bahrein. Porém, após a etapa chinesa, os rumos da temporada de Antonelli tomaram outro caminho.
Abandono em Ímola, 18º lugar em Mônaco, outro abandono em Barcelona, um breve respiro com o terceiro lugar — e seu primeiro pódio — no GP do Canadá… E depois uma sequência desastrosa com abandonos na Áustria e Inglaterra e o 16° lugar na Bélgica. A pressão chegou até Antonelli e, durante o fim de semana em Spa-Francorchamps, ele foi visto em lágrimas e recebeu conselhos de Lewis Hamilton.
Em conversa com a imprensa, o italiano falou sobre os altos e baixos da temporada e como está lidando com a fase atual: “Tem sido desafiador”, admitiu o piloto. “Tive alguns altos e vários baixos. Acho que a temporada europeia não foi muito boa. Na verdade, foi bem ruim.”

Segundo Antonelli, o calendário apertado da F1 dificulta a assimilação dos aprendizados de cada etapa. “Estou tentando aprender bastante e reunir todas as informações, porque, às vezes, especialmente quando há corridas em finais de semana consecutivos, é um pouco difícil juntar tudo que você aprende e aplicar imediatamente na pista”, explicou. No geral, ainda foi um período positivo porque aprendi muito e tivemos bons resultados.”
O ponto apresentado por Antonelli também foi citado por Max Verstappen. Enquanto descrevia seu método de aprendizado de pistas para a imprensa, o tetracampeão da Red Bull apontou que uma das grandes dificuldades dos pilotos jovens é o curto prazo de adaptação entre uma etapa e outra: “As oportunidades de teste são poucas. Durante um fim de semana de corrida, você tem o TL1, talvez o TL2, e depois já vai direto para a classificação. Então não há tempo para ir ganhando ritmo aos poucos. Você precisa estar lá imediatamente.”
Um dos principais pontos de atenção para o restante do campeonato de Antonelli está nas classificações. “Acho que o qualifying tem sido um pouco fraco”, avaliou. “Mas é mais sobre conseguir juntar tudo, especialmente quando chega o momento de encontrar aqueles últimos décimos. Acho que não fui tão eficiente em dar o passo certo nessa hora. A segunda metade da temporada é importante para dar esse salto e encontrar mais consistência da minha parte”, concluiu o jovem, que ocupa o sétimo lugar na classificação geral.
