A Ferrari viu suas ações despencarem na quinta-feira (9) após apresentar previsões financeiras que frustraram o mercado durante o evento “Capital Markets Day”. A empresa projetou uma receita de € 7,1 bilhões (US$ 8,2 bilhões) para 2025, com expectativa de chegar a € 9 bilhões (US$ 10,4 bilhões) até 2030, além de lucros ajustados de pelo menos € 3,6 bilhões (US$ 4,2 bilhões) no mesmo período.
As estimativas, porém, não agradaram os investidores da fabricante baseada em Maranello. As ações caíram 15% na Bolsa de Nova York, o pior resultado desde que a Ferrari estreou em 2015, e recuaram até 16% na italiana, também uma queda recorde em um único dia.
Diante do impacto, o presidente da Ferrari, John Elkann, destacou seu envolvimento com a escuderia. “Meu compromisso é, como presidente, como acionista majoritário e, acima de tudo, como alguém que viveu a Ferrari como uma paixão de vida”, declarou. “Estou empenhado em garantir que cada decisão que tomamos fortaleça a singularidade da Ferrari.”

Elkann também falou sobre o desafio na Fórmula 1, onde a equipe acumula cinco GPs sem pódio. “Estou empenhado com os nossos fiéis fãs, ansiosos por nos ver vencer na F1, assim como estamos vencendo nas corridas de resistência. E é com orgulho que trouxemos para casa o troféu de Le Mans após três vitórias consecutivas.”
O CEO Benedetto Vigna reconheceu que o desempenho na F1 precisa melhorar. “Conseguimos vencer com o 499P na resistência. Mas, na Fórmula 1, temos que vencer porque isso é um dever com os nossos fiéis fãs em todo o mundo.”
A Ferrari não conquista o título de Construtores desde 2008. O último campeão entre os pilotos foi Kimi Raikkonen, em 2007. Além disso, a temporada 2025 está sendo considerada um verdadeiro desastre. Até o momento, a equipe não conseguiu vitórias com Charles Leclerc e Lewis Hamilton. O heptacampeão também não conquistou pódios no ano.
