Carlos Sainz se mostrou preocupado com as novas regras da Fórmula 1 para 2026, destacando um comportamento “estranho” na entrega de potência que, segundo ele, pode pegar os pilotos de surpresa. As mudanças, que preveem uma divisão de 50% entre motor a combustão e elétrico, estão gerando reações no paddock.
Em entrevista coletiva antes do GP da Hungria, Sainz concordou com as críticas recentes de Charles Leclerc e Max Verstappen, afirmando que a forma como a potência é cortada nas retas cria uma sensação incomum ao volante.

“Existem dois fatores principais”, explicou Sainz. “Primeiro, há uma enorme potência quando o carro está com energia total. Mas o corte repentino dessa potência na reta é algo diferente.” O espanhol comparou a experiência com a tradição da F1: “Pilotos crescem acostumados a uma aceleração constante até o fim da reta. Em 2026, a potência cai a ponto de a velocidade não só parar de subir, como começar a diminuir.”
Além da redução inesperada, Sainz destacou a inconsistência no sistema. “A segunda questão é a variação de volta para volta. Às vezes, a potência é cortada mais cedo, outras mais tarde, dependendo da energia regenerada. Cada reta vira uma surpresa em termos de desempenho”, disse. Questionado se aprova as mudanças, o piloto manteve cautela. “Prefiro não dar meu veredito até testar o carro na pista”, afirmou.
