Colton Herta decidiu deixar a IndyCar para buscar uma vaga na Fórmula 1 e, para isso, vai disputar a Fórmula 2 em 2026, com apoio da Cadillac. O americano buscará os pontos necessários para obter a superlicença da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e, segundo o GPblog, a equipe Rodin deve ser seu destino na categoria de base.
Durante o fim de semana do GP da Itália, em Monza, Gabriel Bortoleto, campeão da F2 no ano passado, foi questionado sobre a possível chegada de Herta à F1: “Olha, vou ser muito honesto, não o conheço tão bem”, disse Bortoleto ao GPblog. “Não o conheço de todo, então não vou dizer que quero correr com ele porque não o conheço.”
“Prefiro correr contra pessoas que conheço, que correm comigo desde o kart. Espero que ele entre na F2 e sinta um pouco do que é a nova geração. Acho que ele tem muita experiência da IndyCar e acredito que também é uma categoria muito forte, então ele será capaz de se adaptar e se sair bem se for tão forte na Indy como acredito que seja”, afirmou o brasileiro.
Já Lando Norris, da McLaren, que correu com Herta nas categorias de base, afirmou que ele deve enfrentar dificuldades no caminho. “Quero dizer, é complicado. Quão difícil é? Provavelmente não será difícil para ele, porque ele é bom em entrar em diferentes tipos de carro, e é algo que ele fez a vida toda.”

“Ele é um piloto extremamente talentoso, e [alguém] com quem eu gostei muito de crescer em 2015″, ressaltou o atual vice-líder da Fórmula 1. “Acho que ele tem habilidade suficiente para entrar em qualquer coisa e ser rápido, mas ser um dos melhores na Fórmula 1 é que é difícil, e se esse ainda é o seu objetivo, se seu objetivo ainda é não apenas entrar como piloto de testes, mas nos próximos anos se tornar um piloto de Fórmula 1 e um piloto de corrida, então, claro, isso fica complicado.”
“Mas ele é facilmente capaz de, potencialmente, estar na Fórmula 1 e esse tipo de coisa, e espero vê-lo aqui. Acho que ele é provavelmente facilmente capaz de conduzir um carro de Fórmula 1 e fazê-lo em um nível incrivelmente alto.”
“Ele provavelmente é melhor do que a maioria dos outros pilotos que estão nas fileiras e subindo na F3 e na própria F2″, continuou o britânico. “Se eu fosse o chefe – acho que ainda há uma certa permissão de, sabe, você tem que se qualificar de alguma forma. Não acho que se pode simplesmente ser um ‘Zé Ninguém’ e dar [superlicenças] a quem quiser – mas a IndyCar, eu acho, é uma das categorias mais difíceis do mundo.”
“Acho que é um carro incrivelmente difícil de conduzir, e já o dirigi, mas dá para perceber todas essas coisas, o nível de todos esses pilotos é incrivelmente alto. Então, não sei quantos pontos [da Superlicença da FIA] eles recebem na IndyCar, mas eu a colocaria acima do nível da Fórmula 2, de certa forma”, complementou.
