Conforme crescem as discussões nos bastidores da Fórmula 1 sobre o futuro dos motores, com o apoio de diversos pilotos, a Audi sinalizou que não vai se juntar ao coro dos que pedem pelo retorno dos V8. O chefe da equipe, Jonathan Wheatley, confirmou o posicionamento do time alemão.
Uma parte do paddock, que tem o apoio de Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), tem pressionado para que as regras dos motores 2026 sejam abandonadas em favor do retorno aos motores V8, que pararam de ser utilizados na F1 em 2013. Esses modelos seriam adaptados para operar com combustível 100% sustentável.
A tecnologia híbrida, introduzida em 2014, vem sendo alvo de críticas sobre o equilíbrio entre energia elétrica e potência de combustão, o que levanta questionamentos sobre o impacto dessa combinação no desempenho geral dos carros. Porém, uma mudança do modelo estaria fora de questão até 2030.

Segundo Wheatley, essa mudança comprometeria dois dos três pilares que sustentaram a decisão da Audi de entrar na Fórmula 1: “Fundamentalmente, acho que houve três pilares nos quais a Audi baseou sua entrada na Fórmula 1”, afirmou à imprensa. “Um era um motor altamente eficiente, outro era a tecnologia híbrida avançada e os combustíveis sustentáveis.”
Embora os motores V8 propostos também utilizem combustíveis sustentáveis, Wheatley reforça que a posição da Audi permanece inalterada. “Então não acho que nossa posição tenha mudado sobre isso”, disse o executivo. “E pelo que sei, vamos manter essa posição por muito tempo”, finalizou de forma firme.
Por enquanto, a Fórmula 1 ainda não tomou uma decisão final, apenas assegurou que não deve deixar os híbridos antes de 2030. Reuniões devem acontecer ao longo do tempo para decidir qual será o motor a partir de 2031.
