Por Giovanni Romão
Uma das dúvidas que ainda pairam no ar sobre o fatídico fim de semana no circuito de Ímola, na Itália, em 1994, é o fato de Ayrton Senna ter deixado o circuito após o forte acidente na Tamburello ainda com vida ou não. O anúncio da morte aconteceu apenas no início da noite daquele 1º de maio, no hospital Maggiore, de Bolonha. No entanto, ainda há quem relate passagem que indicam: Senna, de fato, morreu ainda na pista.
Em seu blog, a assessora do brasileiro à época, Betise Assumpção, escreveu sobre detalhes do paddock naquele domingo. Segundo Betise, ela e o irmão de Senna, Leonardo, encontraram com Bernie Ecclestone instantes depois de Ayrton ser levado ao hospital.
O chefão da Fórmula 1 gostaria de falar com Leonardo e chegou a tentar evitar a presença de Betise – ela, no entanto, explicou que o irmão do tricampeão não entendia inglês. Foi no interior do motorhome da FOCA que Bernie, sentado no braço de um sofá ao lado de sua esposa Slavica, que chorava muito, avisou a Leonardo: “Ele está morto.”
Betise conta que pensou um pouco ante de traduzir o recado: “Leo, eu sinto muito ter de te falar isto, mas ele está dizendo eu o Ayrton está morto.” Logo essa palavras foram pronunciada, Leonardo começou a chorar – recorda-se a assessora.
Na sequência, Bernie teria dito: “Mas nós só vamos anunciar mais tarde para não parar a corrida.”
Enquanto Leonardo falava ao telefone com a família sobre a morte de Senna, depois de orientado por Betise, entrou no local Martin Whitaker, então assessor de imprensa da FIA. Ele tricotou palavras com Bernie e virou-se para Betise para afirmar que Senna não estava morto. Insistia que essa era a informação oficial.
A assessora e Leonardo, então, deslocaram-se para o hospital. Ali, antes do anúncio oficial, Betise ouviu do Dr. Syd Watkins, chefe da equipe de resgate da F1 e amigo de Senna, a verdade nua e crua: “Betise, não há esperança nenhuma. Ele já estava morto na pista”
