Sobreviver, por agora, tem de ser encarado como uma vitória. O neurocirurgião espanhol Alberto Isla aceitou um convite do jornal ‘Marca’ para comentar a possibilidade de Michael Schumacher sobreviver à queda de esqui que o deixou em coma no último domingo.
“Ainda é preciso ser prudente com as análises, porque o acidente foi de uma gravidade extrema”, começou dizendo, salientando que as suas opiniões têm um ponto importante: o desconhecimento do estado real do ex-piloto.
Assim, e com base apenas nas informações públicas, Isla, famoso por operar o golfista Severiano Ballesteros, disse que a primeira operação foi “mais importante” que a segunda e que, nesta altura, fez “alguma luz de esperança” para Schumacher.
“Se passarem mais 72 horas, o prognóstico quanto à sua sobrevivência será mais favorável”, considera.
Avançando, então, para um possível período de recuperação, o médico acha pouco provável que Schumacher não tenha sequelas do acidente. “Possivelmente terá algumas. Se ultrapassar estes primeiros dias de extrema gravidade, vai necessitar de muita reabilitação. Espero que, com o tempo, possa recuperar muitas das funções, mas é prematuro falar de como vai ficar”, destaca.
E destaca também que vai ser precisa muita paciência: “A reabilitação não dura seis meses. Pode durar um ano. Vai necessitar de apoio durante muito tempo.”
Gary Hartstein, ex-diretor médico da Fórmula 1, tem acompanhado o caso no seu blog pessoal e confirma que não haver novidades nesta altura é um bom sinal. “A cada dia que passa o risco de morte é menor”, defende.
