Por André Spigariol (@andrespigariol)
O recente anúncio de Vitaly Petrov no lugar de Jarno Trulli na Caterham para a temporada 2012 da Fórmula 1 significou, além da saída do veterano de 14 temporadas na categoria máxima, a completa ausência de pilotos italianos no grid da F-1. Stefano Domenicali, italiano e chefe de equipe da Ferrari, lamentou o momento ruim de seu país no esporte a motor.
“Estou muito triste que, depois de tantos anos, não haverá um piloto italiano na Fórmula 1”, disse Domenicali. “Digo isso pelo esportivo e em um nível pessoal quando se trata de Jarno, que só em algumas ocasiões teve um carro capaz de mostrar seus talentos”, lamentou.
O dirigente falou que o momento do esporte a motor italiano é difícil e disse que parte da culpa sobre isso é relacionada a “razões externas”.
“Então aqui, eu desejo a ele [Jarno] tudo de melhor para o futuro, tanto em corridas e fora da pista. É um momento difícil para o nosso esporte, em parte por razões externas”, analisou. A Itália, ao lado de Grécia e Portugal, é um dos países europeus que mais sofre com a crise da Zona do Euro.
Sobre a escassez de pilotos, o dirigente ressaltou o papel da academia de jovens da Ferrari na revelação de novos pilotos.
“Por alguns anos, através de sua academia de pilotos, a Ferrari estabeleceu um plano de longo prazo para criar uma nova geração de jovens pilotos, que trabalha também em colaboração com a CSAI [Comissão Esportiva Automobilística Italiana] e estou satisfeito por ver que agora podemos anunciar que dois jovens talentosos, Raffaele [Marciello] e Brandon [Maisano], terão uma grande oportunidade para o progresso no esporte”, completou Domenicali. Marciello é italiano e competirá na F3 Euroseries deste ano, enquanto que Maisano, francês, vai para seu segundo ano na F3 Italiana.
Para as próximas temporadas, os olhos do automobilismo italiano estão voltados a Mirko Bortolotti – campeão de 2011 da F-2 – e a Luca Filippi, vice da GP2 também no ano passado.