De la Rosa: “As mortes de Senna e Ratzenberger salvaram vidas”

“Achamos que podemos sempre esquivar-nos do perigo devido ao nosso talento inato. Houve corridas em que não senti uma pontinha de perigo. Sim, fui ingênuo, mas não um herói.”, começou dizendo Pedro de La Rosa, na sua coluna no jornal ‘Fórmula Santander’, continuando: “Agora despertamos todos, recordando que somos mortais, atletas vulneráveis ao capricho da sorte.”

“Acima de tudo, este esporte que amamos é tremendamente perigoso! Os acidentes trágicos na F1 remontam 1994, com as mortes no mesmo fim de semana de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, e pode-se dizer que as suas mortes salvaram vidas, porque depois disso foram colocados em marcha inúmeros programas para aumentar a segurança. Posso dizer que estou orgulhoso do trabalho com a FIA em termos de segurança, e não posso deixar de agradecer aos heróis anônimos que ativaram todos estes programas, ao Ayrton e ao Roland, pois as suas mortes salvaram muitas vidas, de companheiros meus e inclusivamente a minha. Posso dizer bem alto que se não fosse o bom trabalho da FIA em termos de segurança, nos últimos 17 anos, eu não estaria aqui. Casualidade? Não. Sorte? Sim, de haver vivido nesta época e poder conduzir carros seguros em circuitos seguros.”

“Confesso que escrevo com raiva pela morte do Dan Wheldon, ao reclamar o mesmo nível de segurança alcançado na F1 para as corridas americanas. Chegou o momento de alterar muitas coisas, pois são muitos os amigos que perdemos nos EUA. O ‘The show must go on’ já não vale. Os americanos devem aprender com os europeus e com a FIA. Acho que chegou a hora dos companheiros do Dan darem um murro na mesa.”



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