Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, acredita que os últimos desenvolvimentos em torno da realização do GP do Bahrain terão condenado as chances do mesmo ser disputado ainda em 2011.
Recorde-se que a reintegração da prova no calendário para o fim de semana de 30 de outubro tem levado a um aumento das críticas de muitos e, em especial, das equipes, enquanto também os grupos manifestantes daquele reino convocaram já para o dia 30 de outubro o ‘Dia da Ira’, para o qual pretendem cumprir mais manifestações.
Em declarações à ‘BBC’ publicadas hoje, o responsável britânico explicou que a prova não deverá ser realizada: “Espero que possamos lá voltar no futuro, mas é claro que não se realizar cumprir em 2011. O calendário não pode ser refeito sem o acordo de todos os participantes”, disse, lembrando que as equipes já se manifestaram contra a realização do evento.
Isto porque numa carta enviada à FIA, a Associação de Equipes de Fórmula 1 (FOTA), que integra 12 equipes (apenas a HRT não participa), já se mostraram contra o prolongamento do calendário para o mês de dezembro, pretendendo que o GP da Índia retorne à sua data original (30 de outubro), a qual havia sido ‘sacrificada’ para integrar de novo a prova no Bahrain.
De acordo com um porta-voz da FOTA, citado pela ‘BBC’, “as equipes manifestaram as suas opiniões numa carta”, evitando adiantar mais detalhes sobre a mesma. Contudo, a carta deixa claro que as equipes estão contra uma prova em dezembro, alegando que isso exige muito dos seus empregados após uma temporada já bastante longa, mas também com fontes dizendo sobre a existência de eventuais violações dos direitos humanos naquele país como objeção.
Entretanto, uma fuga de informação tornou público o relatório de Carlos Gracia, vice-presidente da FIA enviado por Jean Todt ao Bahrain para averiguar a situação, com o mesmo dando conta da total ausência de desacatos e o relato da situação pacífica nas cidades locais.