Ainda há poucas semanas Bernie Ecclestone admitia que a etapa inaugural do Circuito da Coreia do Sul poderia ser cancelada. Agora que o circuito está pronto e aprovado pela FIA para receber o circo da Fórmula 1, o britânico de 79 anos admite que se as condições de segurança não estivessem reunidas a prova seria mesmo cancelada, e adverte que o mesmo poderá a vir acontecer com circuitos históricos do campeonato.
“No mês passado eu pensava que não haveria tempo para terminar o circuito. Se assim fosse, garanto-vos, seria cancelado”, diz Ecclestone, cuja campanha, encetada desde finais dos anos 90, para expandir o esporte pela Ásia e Médio Oriente tem sido recebida com ceticismo: “No fim, o senso comum acabou por prevalecer e expandimos uma vez mais a Fórmula 1. Mas foi preciso coragem para isso”, diz Ecclestone, que irá ainda mais longe com um GP na Rússia, e muito provavelmente Índia, juntando-se a isto o retorno aos EUA.
Um dos problemas deste ‘alargamento’ é que, cada vez mais, coloca em risco circuitos históricos do calendário, como por exemplo Spa-Francorchamps. Segundo Ecclestone, o circuito belga, tal como o britânico de Silvertsone, estão em risco de ser abandonados, pois as suas condições de segurança não se comparam com as dos novos circuitos, como o da Turquia, por exemplo.
“Se Spa não fosse apoiado pelo governo belga, provavelmente já teria sido abandonado. Os promotores, sozinhos, não tem capacidade financeira de receber um GP”, conclui.