Por Giovanni Romão
O clima dentro da Brawn GP não é dos mais positivos para Rubens Barrichello. Profissional de confiança do inglês Ross Brawn, o brasileiro já viveu dois entreveros com a equipe nesta temporada.
O discurso, que no início do ano era “somos um time enxuto, mas menos burocrático e mais harmonioso”, virou ‘abóbora’ após o GP da Alemanha. Depois de perder a chance de subir ao pódio por um erro de pit stop, Rubinho disparou: “sinto que fui roubado. Demos um show de como perder uma corrida”.
A primeira desavença ocorrera no GP de Barcelona, quinta prova do ano, quando a equipe alterou a estratégia de Jenson Button de três para duas paradas, mantendo a de Rubinho. O inglês levou a melhor e venceu. “Conversamos desde o início da semana que o melhor aqui eram três pits”, disparou Rubens na época.
Definitivamente, o clima não é dos melhores dentro do time inglês. Com metade da temporada disputada, Button lidera o campeonato e deve ser prioridade da equipe daqui para frente. Portanto, mais embates nas oito corridas finais do ano, uma vez que, matematicamente, Barrichello ainda continua na briga pelo caneco. “Enquanto houver chances numéricas, continuarei lutando”, já avisou.
Para 2010, no entanto, Barrichello procura novos caminhos. Encarar uma das três novas equipes não é prioridade, uma vez que o tempo está cada vez mais curto e entrar em um projeto novo seria uma aventura e tanto. Por isso, o brasileiro busca uma estrutura formada e que lhe garanta continuar andando nas posições de frente.
O foco para o próximo ano é retomar negociações antigas. A “paquera” acontece com dois times que já estiveram em sua lista de opções: Williams e Toyota. Com a primeira já foram três conversas sem final feliz ao longo de sua carreira; enquanto que com time nipônico houve uma proposta, logo nos primeiros anos da equipe na F1.
Após as criticas de Barrichello contra a Brawn no GP da Alemanha, Frank Williams disparou: “se você aqui (na Williams) levaria cartão vermelho”. Indícios de que não há perspectivas de Rubinho correr em Grove, ou apenas um aviso prévio do mandatário pelas bandas de lá.
A atual dupla de pilotos, formada por Nico Rosberg e Kazuki Nakajima, não deve permanecer. O alemão tem propostas de outros times, enquanto o japonês não vem correspondendo.
Na Toyota, Jarno Trulli negocia renovação e Timo Glock ainda tem futuro incerto.