Por Andrea Amadeo
O parlamentário europeu e candidato à presidência da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), o finlandês Ari Vatanen, assegurou que este órgão “não é um reino”, pelo que “está muito mal” que seu rival, o francês Jean Todt, “se candidate como o filho do rei”, o sucessor de Max Mosley.
Em uma entrevista concedida ao diário online italiano 422race, Vatanen manifestou que a FIA necessita “uma renovação total” e que Todt “não faria outra coisa que perpetuar o atual sistema, mantendo mais ou menos todas as pessoas que estão agora em seus cargos”.
“Às custas da FIA, Jean (Todt) viaja à várias partes do mundo em avião particular, junto com sua namorada, e no papel de representante da FIA. Já foi à Ásia, ao Canadá, a Buenos Aires, etc. e está fazendo uma campanha eleitoral completamente sustentada e paga pela FIA”, denunciou Vatanen.
Segundo o finlandês, é “como se Mosley nomeara ao seu sucessor”.
O ex piloto de rally finlandês negou que ele seja a “marionete da FOTA (Associação das Equipes da Fórmula 1)”, apesar de haver confirmado conhecer “como funcionam os negócios: se a FOTA e os construtores em geral se encontram bem, é bom para o esporte”
Sobre a possibilidade de que apareçam novo candidatos para a presidência da Federação, Vatanen disse que o presidente do Automóvel Clube de Mônaco, Michel Boeri, poderia se apresentar, ainda que em qualquer caso, os dois estão “do mesmo lado”, já que ambos querem “uma nova FIA”.
“Somos decididamente contários a conservar a FIA atual, que Jean (Todt) representa”, acrescentou.
Quanto às possibilidades de ganhar as eleições, que acontecerão no próximo 23 de outubro, Vatanen acredita que são “boas”.
Segundo explicou, sua prioridade, no caso de se impor em tais comícios, seria se garantir que “o papel da lei e do governo transparente e democrático se aplique à FIA”, por culpa de que sua primeira decisão à frente da entidade será “mudar o sistema eleitoral”, de forma que as pessoas possam se libertar dele.
“No quiero permanecer en el cargo gracias a que me protegen las reglas, sino sólo porque la gente crea en mí”, agregó.
“Não quero permanecer no cargo por causa da proteção das regras e sim porque as pessoas acreditam em mim”, acrescentou.
