Ari Vatanen criticou a posição tomada pelo atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, de apoiar publicamente a candidatura de Jean Todt.
“Não está certo que o Max queira impor um novo líder, com a Federação apoiando a sua campanha. A FIA não é um reino, é uma república em que os líderes são eleitos democraticamente”, referiu Vatanen numa entrevista ao jornal espanhol ‘As’.
Para o finlandês, a candidatura de Todt representa uma continuidade nas políticas de Mosley, algo que vai contra as intenções das equiprs de Fórmula 1, que querem alguém neutro, imparcial e com idéias novas à frente da FIA.
“O mesmo seria válido se o Ross Brawn ou o Flavio Briatore concorressem. O presidente da FIA tem de ser neutro. Não é bom que um líder fique tanto tempo no poder, e quando isso acontece, o melhor que pode existir é uma mudança. E eu represento essa mudança, uma nova era com mais frescura”, afirmou Vatanen, explicando ainda que nem a Ferrari quer contar com Todt na FIA.
“Na Ferrari, eles não querem ter o Todt como presidente, bem como me disseram, porque pensam que o esporte perde credibilidade”, continuou, sendo confrontado, no entanto, com a sua própria ligação ao Mundial de Ralis.
“Não nego que levo os ralis no coração, mas isso não quer dizer que eles terão prioridade”, afirmou.