FIA acusa FOTA de tentar controlar as regras da F1

A FIA divulgou um comunicado duríssimo onde se insurge contra a tentativa da FOTA “de tomar para si o controle dos regulamentos da Fórmula 1 bem como os direitos comerciais da categoria. Estes são objetivos que a FIA não pode aceitar.”, lê-se no comunicado. A FIA voltou a deixar claro que não cede, e reafirma que não vai voltar atrás na questão da imposição do teto orçamentário. É este o mais recente episódio da saga FIA/FOTA, que promete grande tempestade antes da bonança final, se é que vai acontecer.

Neste contexto de tensão, a FIA emitiu hoje um comunicado onde explica sua posição, alegando que os esforços feitos por si e pela FOM (Formula One Management) no sentido de tornar o esporte um dos mais populares do mundo, não serão desperdiçados devido à vontade alheia:

“A FIA e a FOM levaram décadas construindo o Mundial de F1 e a FOTA que é constituída por equipes que vão e vêm como lhes convém – fixou dois objetivos claros: controlar o regulamento da Fórmula 1 e expropriar a FIA dos direitos comerciais em benefício próprio e estes são objetivos que a FIA não pode aceitar. A dura posição da FIA sobre o teto orçamentário surgiu na seqüência das lições aprendidas com a questão da redução de custos com os motores, bem como o fato dos fabricantes terem recusado a comprometer-se a longo prazo. Luca di Montezemolo prometeu assegurar as garantias necessárias a partir dos principais Construtores, e continuou a fazê-lo durante o inverno. Mais tarde a FOTA e Di Montezemolo rejeitaram todas as tentativas de realizar reuniões para discutir redução de custos. Foi dito à FIA que não havia necessidade, alegando que a própria FOTA tomaria medidas adequadas e que iriam compensar a escassez de carros no grid, introduzindo um terceiro. Em março, ficou claro que a FOTA não tinha intenção de facilitar a entrada de novas equipes, e a verdade, é que se opuseram.”

“Se queremos tecnologias inovadoras na Fórmula 1, o único caminho é o de limitar as despesas e permitir que os engenheiros tenham liberdade para fazer o seu melhor dentro de um determinado orçamento. É exatamente isso que sucede no mundo ‘real’, e essa é a única forma da Fórmula 1 seguir em frente. Sem inovação técnica, a Fórmula 1 vai ‘murchar’ e morrer. Sem custos reais e muitas limitações, a Fórmula 1 vai perder as suas equipes. É por isso que a FIA insiste na contenção dos custos, como parte dos regulamentos da categoria”.



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