Aniversário: Hoje é dia de Massa!

Por Bárbara Franzin (Velocidade.org) – especial para F1Mania.net

Em plena disputa do GP do Bahrain, o piloto Felipe Massa completa 28 anos. Esse não está sendo um ano fácil, ainda não há motivos para comemorar com a Ferrari deste ano, mas Massa continua mostrando uma evolução a cada dia e a sua retrospectiva mostra que ainda é cedo e muito está por acontecer.

Ao contrário do que muitos pensam, a carreira de Felipe não foi fácil. Após correr um bom tempo de kart, era preciso muito mais dinheiro do que a família dispunha para bancar as corridas na Europa. Era vencer ou voltar para casa e abandonar o sonho de seguir pilotando. Esse foi o verdadeiro teste de Massa, lá na Fórmula Renault Italiana, em 2000. E não é que ele surpreendeu? No fim das contas, acabou conseguindo correr a Renault Italiana e também a Européia e ser campeão nas duas categorias. Valeu a pena todo o tempo, onde teve de correr atrás de dinheiro, principalmente vendendo as inúmeras caixas de cerveja que ganhava a cada corrida vencida.

Chegou 2001 e com ele a chance de estar na categoria máxima do automobilismo mundial. No ano em que completou 20 anos, Massa comemorou em grande estilo: além de ser campeão da Fórmula 3000 Euro-Series, com 6 vitórias em 8 corridas, testou com a antiga equipe Sauber, em Mugello.

Foi nessa época também que conheceu o ex-chefão da Ferrari, Jean Todt. Como uma espécie de vestibular, disputaria a Fórmula 1 em 2002 e seu desempenho seria observado. Em seu primeiro ano, o melhor resultado foi um 5º lugar e quatro pontos no fim do campeonato. Isso não foi suficiente para Peter Sauber e Felipe chegou ao ano seguinte à Ferrari, como piloto de testes de Barrichello e Schumacher.

Muitos podem considerar que esta foi uma fase ruim da carreira do brasileiro, mas ele teve a chance de passar um ano ao lado do maior campeão da Fórmula 1 de todos os tempos. Além da experiência que teria em um carro de ponta, conviveria de perto com o seu grande ídolo de infância, do qual poderia tirar muitos ensinamentos.

Após a temporada de testes, voltou para mais dois anos de Sauber, em 2004 e 2005. Foram temporadas bem melhores, onde se podia ver claramente a evolução de Felipe como piloto. O carro da equipe não colaborava muito, mas o ano na Ferrari fez toda a diferença.

Eis que, além de uma grande parceria, formou-se uma amizade com Schumacher. E em 2006, o menino teve a chance de correr ao lado do ídolo da televisão. Quem diria, não é mesmo? Mas muito ainda estaria por vir.

Logo no início do campeonato, Massa deixou claro que seria sim ajudante de Schumacher, o que lhe garantiria mais tempo de Scuderia. A admissão pública o livrava de passar pelos mesmos comentários de Barrichello. Esse é um lado a se destacar do piloto, sua opinião forte. Desde o início na Fórmula 1, muitos viam em Felipe o eterno substituto de Senna. Desde sempre, ele deixou claro o seu sobrenome diferente e as comparações cessaram por aí.

O primeiro ano de Ferrari foi aquele em que vimos a primeira pole, o primeiro pódio, a primeira vitória, inclusive de macacão verde e amarelo no Brasil. Massa marcou 80 pontos no campeonato e terminou em terceiro lugar. Em 2007, o cenário muda: sai Schumacher, entra Raikkonen, recém-chegado da McLaren e com a sina de seu azar.

Os dois brigam bastante ao longo do campeonato, porém o finlandês abre vantagem e Massa tem de colaborar em prol da equipe. Termina a temporada em quarto lugar, mas a Ferrari é a feliz campeã, com Kimi chegando ao seu primeiro título.

Nada mais justo do que começar 2008 pensando que as coisas seriam ao contrário, certo? Sim, mas pena que não foi dessa forma. Massa crava de uma vez por todas seu nome na história da Fórmula 1 como o piloto que assegurou o título quando cruzou a linha de chegada, mas o perdeu na última curva da última prova do campeonato. Decepção. O pódio do GP do Brasil de 2008 foi um dos mais tristes de todos os tempos. O piloto, que não é de chorar, cedeu espaço às lágrimas pensando na consagração que estava tão perto e que foi perdida em segundos. Passa aquele filme na cabeça mostrando os erros da equipe, os dele, toda a trajetória da carreira.

Mas como ele é Felipe Massa, nada de chorar, é hora de seguir em frente. Se preparar para uma nova temporada e correr atrás de resultados. Como disse lá no início, a sorte não está sorrindo muito para a Ferrari, o carro não nasceu bem. Porém, se Felipe passou por vários imprevistos e reviravoltas em sua carreira, essa é apenas mais uma. Podemos ter certeza de que dias melhores virão. Por enquanto, ele pode sorrir por completar mais um ano de vida, ser um dos melhores pilotos do Brasil e da Fórmula 1 e tudo isso com a família sempre ao lado, o apoiando no que for preciso junto com seus fã mundo afora.



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