Ayrton Senna: 13 anos de saudade!

Por Giovanni Romão

Ele tem um sobrenome comum, característico do brasileiro. Talvez esta simplicidade, que não estava apenas no sobrenome Silva, mas nas atitudes de Ayrton Senna, tenham feito dele um piloto diferente, um ídolo único, uma esperança de um futuro melhor, o Ayrton Senna do Brasil.

Das primeiras vitórias no Kart aos desafios dos anos iniciais no exterior. Jovem, Senna sabia o que queria na vida, ser piloto. Mais difícil do que o custo financeiro, só mesmo a angústia de morar sozinho em um país desconhecido. Drama, este, vivenciado por quase todos os pilotos brasileiros que resolvem arriscar carreira no automobilismo internacional.

Ainda vestindo o macacão totalmente preto e o capacete “amarelão”, Senna era incrível nas pistas de kart; dizem os que acompanharam o início de sua carreira. Ele fazia curvas de lado, não deixava a rotação do motor cair, ou seja, Ayrton era diferente.

Campeão nas categorias de base do automobilismo internacional, o brasileiro se projetava com um futuro campeão na Fórmula 1, onde chegaria em 1984. Depois de um teste, mais uma vez diferente, pela equipe Williams, Senna estrearia na categoria pela pequena Tolleman.

Dentre vitórias, pódios, poles, títulos, Ayrton Senna não escondia a “personalidade” Silva. A mistura de um sujeito determinado e decidido dentro de sua equipe, disputava espaço com o ser humano preocupado com o próximo, apegado a família, comprometido com o sonho de um país melhor.

Do sonho de um Brasil mais justo e menos desigual, nasceu o Instituto Ayrton Senna, que atende milhares de crianças, outra grande paixão do homem Silva. Era nelas, nas crianças, que Senna depositava todas suas fichas. Não que ele tivesse o sonho de mudar o mundo, mas queria deixar sua parte, contribuição.

Senna deixou muitas marcas em sua carreira, como o banho de champagne na família real em Mônaco, os atritos, dentro e fora das pistas, com os rivais Alan Prost e Nelson Piquet, os desentendimentos com Jean-Marie Balestre, a vitória heróica no GP Brasil de 1991, o desempenho arrojado no GP de Monte Carlo em 1984, dentre outras grandes passagens.

O tricampeão deixou legados, como o próprio Instituto Ayrton Senna, 41 vitórias, 65 poles, exemplo de determinação, garra, perseverança, humanidade, empenho. Senna ensinou a cada brasileiro como ser um verdadeiro campeão.

Viajando no tempo, sem conseguir deixar de retornar ao 1° de maio de 1994, fica a certeza, cada vez maior, da importância de Ayrton Senna na história do automobilismo mundial e nacional, além de sua contribuição no sentido de ver um Brasil diferente, assim como ele. Silva, Ayrton, Beco, Senna; Todos personagens de uma mesma história, capazes de nos remeter a um único sentimento: saudade!



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