A Stock Car já se prepara para a etapa de Mogi Guaçu (SP), marcada para o Velocitta no próximo final de semana, mas ainda vive com a repercussão do GP Galeão, disputado no último mês de abril no Rio de Janeiro (RJ). A corrida marcou a volta das corridas de carro a capital fluminense, que contou com diversas disputas e muitas ultrapassagens.
Mais do que isso, os números da etapa e a opinião dos pilotos que integram o grid da principal categoria do esporte a motor brasileiro comprovam que a volta do Rio de Janeiro ao cenário das corridas de carro foi um sucesso. Confira abaixo cinco itens que mostram como o GP Galeão foi dos melhores.
Mais de 900 ultrapassagens
De acordo com dados da Stock Car, as duas corridas de 30 minutos da categoria no Galeão contaram com impressionantes 916 trocas de posições. Os números levam em contas posições ganhas tanto na pista (371 no total), quanto em paradas nos boxes ou posições ganhas por abandonos de outros competidores.
Espaço para ultrapassar
Por ser uma pista de pousos e decolagens, o circuito montado no Galeão é muito mais largo em relação a qualquer pista de autódromo brasileiro. Em alguns trechos, a largura da pista chegava a bater 24 metros. “A largura da pista ajudou muito. E também por chegarmos muito rápido, os pontos de freada eram diferentes de piloto para piloto”, disse Gabriel Casagrande, atual campeão da Stock Car.
Altas velocidades
Com uma “reta-curva” de 1.500 metros e uma reta de 700 metros, as velocidades alcançadas pelos carros da principal categoria do País foram as mais altas da temporada. De acordo com a equipe Hot Car, sem o uso do push to pass, Felipe Lapenna alcançou os 255,6 km/h. Com a potência extra, o piloto chegou a impressionantes 271,1 km/h.
Freios muito exigidos
Com velocidades tão altas, as frenagens eram fortíssimas também. Na curva 1, os carros saíam de 227 para apenas 75 km/h. Para diminuir a velocidade em 152 km/h, eram necessários 6,0 segundos e 185 metros. Na curva 4, os carros diminuíam dos 262 km/h para 78 km/h, levando 6,4 segundos e 245 metros para reduzir a velocidade em 184 km/h.
“Eu me surpreendi positivamente com os freios na etapa. Por um momento, pensei que fôssemos ter problema pois atingimos velocidades que nunca antes havíamos atingido, mas não tive nenhum problema e os discos e pastilhas funcionaram muito bem pela corrida toda, me possibilitando fazer diversas ultrapassagens”, comentou Casagrande.
Aeroporto seguiu funcionando
Mesmo com a disputa da etapa da Stock Car, o aeroporto do Galeão esteve em funcionamento ao longo de todo o final de semana. A corrida disputada na pista de pousos e decolagens foi a primeira do País, e não atrapalhou em nada a vida da cidade, além de ter uma pista considerada divertida pelos pilotos.
“Para os pilotos, foi muito divertido e deu para fazer muitas ultrapassagens. É uma pista que tem de ficar no calendário porque valeu muito a pena”, disse Felipe Lapenna.
