Cinco pilotos ainda disputam o título de 2005

A temporada 2005 do Campeonato Brasileiro de Pick-up Racing tem-se mostrado a mais competitiva desde a criação da categoria, disputada pela primeira vez em 2001. Se no ano passado o título foi decidido na última corrida, 200 metros antes da bandeirada final, a disputa deste ano apresenta outro fato inédito: a duas corridas do encerramento, a matemática contempla nada menos que cinco pilotos com chances de conquista da taça reservada ao campeão.

Diferente da grande maioria das categorias nacionais do automobilismo, a Píck-up Racing não prevê descartes de resultados. Esse fator elimina da disputa o sul-mato-grossense Gustavo Sucolotti. Sexto na classificação, ele está 40 pontos atrás do líder João Campos. Poderia empatar com o gaúcho se vencesse as duas provas que faltam para o encerramento do campeonato, mas perderia o título pelo menor número de vitória, critério imediato de desempate.

Por ordem lógica, as maiores possibilidades de conquista do título são as de Campos, tetracampeão da categoria. Vencedor de três das sete corridas já disputadas nesta temporada, ele lidera o campeonato com 83 pontos. Para não depender de nenhuma combinação de resultado em sua corrida pelo quinto título, ele precisa de uma vitória e um segundo lugar nas duas últimas etapas, marcadas para 23 de outubro, em Guaporé, e 13 de novembro, em Interlagos.

Campos pode ser pentacampeão com dois segundos lugares, desde que Abramo Mazzochi, vice-líder com 76 pontos, vença no máximo uma das corridas. Uma vitória e um quinto lugar também garantem o título ao tetracampeão, mesmo que Abramo faça proveito máximo das combinações de resultados que a hipótese permite. Vencendo em Guaporé, o líder do campeonato terá eliminado as chances de título de Cláudio Ricci, Eduardo Freitas e Nelson Bazzo.

Mazzochi, que tem uma vitória no ano, depende de duas vitórias para ser o campeão sem precisar contar com outros resultados. Uma vitória e um segundo lugar também lhe terão garantido o título, desde que Campos não ganhe nenhuma das duas corridas. Abramo também seria o campeão conquistando dois segundos lugares. Para isso, João teria de marcar no máximo um terceiro e um quarto lugar, ou vencer uma corrida e não ser um dos oito primeiros na outra.

O terceiro colocado na classificação do campeonato é Cláudio Ricci, que venceu as duas últimas etapas, disputadas em Londrina e Cascavel, e acumula 65 pontos. Vencendo duas provas, Ricci elimina Freitas e Bazzo da disputa pelo título e passa a depender de combinações como um segundo e um sexto lugar de João, ou um terceiro e um quarto lugar – neste caso, eles empatariam em pontos e Cláudio teria uma vitória a mais, critério imediato de desempate.

Mesmo vencendo as duas etapas e contando com esses resultados de Campos, Ricci teria de contar com, no máximo, um segundo e um terceiro lugares de Mazzochi. Vencendo uma corrida e sendo o segundo em outra, o ganhador das últimas etapas precisaria que Campos fosse segundo e nono, ou terceiro e sétimo, ou quarto e sexto, ou obtivesse dois quintos lugares. Além disso, Abramo teria de marcar um segundo e um quinto lugar, ou dois terceiros.

Freitas, parceiro do líder na equipe João Campos Motorsport, é quarto no campeonato com 51 pontos e só será campeão vencendo as duas últimas etapas. Ainda assim, dependeria de Campos ficar em sexto e décimo, ou em sétimo e oitavo. Ricci teria de marcar um quarto e um segundo lugar, ou dois terceiros. Mazzochi, por fim, não poderia passar de um quinto e um sexto, ou um quarto e um sétimo, ou um terceiro e um oitavo, ou um segundo e um abandono.

Quinto colocado com 50 pontos, Bazzo, vice-campeão em 2004, tem uma chance matemática de ser campeão vencendo as duas últimas corridas. Para o seu título, Campos não poderia passar de dois oitavos lugares, ou ser sétimo e nono, ou colher sexto e um abandono. Mazzochi teria de ser sexto e quinto, ou terceiro e décimo, ou quarto e oitavo. Por fim, a campanha de Ricci precisaria estar limitada a um segundo e um quinto, ou a dois sextos lugares.

Na única certeza quanto à definição do título, o caráter é geográfico. Os cinco pilotos que têm chances de conquistá-lo são representantes do Rio Grande do Sul. “Isso mostra o quanto o automobilismo gaúcho é forte”, observa Campos, que tem em sua Ford Ranger número 1 as cores de Drebor Borrachas, Cortiana Plásticos e JR Acessórios. “Vai ser uma disputa dura nessas duas corridas, cada ponto passa a valer ouro a partir de agora”, ele acrescenta.



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