Piloto da Stock Car V8 Light e apresentador da Rede Bandeirantes, Otávio Mesquita passou a ser um defensor do Hans, Head and Neck Support, a proteção de pescoço que se tornou obrigatória na Formula 1. Essa postura tem como motivo o acidente sofrido pelo paulista na sexta-feira (17), durante os treinos livres para a terceira etapa, realizada no domingo (19) no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
“Fiquei com o pescoço lanhado por causa do cinto de segurança. Nunca pensei em usar o Hans. Nesse acidente, eu poderia ter sofrido uma contusão séria no pescoço e vi que o equipamento é fundamental. Vou fazer campanha para que todo os pilotos passem a usar o Hans”, diz Otávio, que, com o carro destruído na batida com Afonso Bastos, não pôde participar da corrida. ““Foi o maior susto que eu tomei nas pistas”, define o piloto-apresentador.
“O carro dele estava atravessado na curva 2. Só consegui vê-lo quando não tinha mais o que fazer. Fiquei numa posição perigosa no meio da pista, com um monte de carros passando do meu lado”, descreve. “Chamei por Deus naquela hora. Foi Ele quem impediu que eu me machucasse”, acrescentou o piloto da Full Time, que tem no carro número 51 as cores de Vivo Empresas, Nokia, Carglass, Nutrilatina, Pirelli, Pfizer, Caninha 51, Terra e Revista Caras.
Otávio também sugere que os fiscais de pistas agitem a bandeira amarela de maneira mais enérgica em situações de risco extremo. “A bandeira amarela é mostrada com freqüência em treinos e provas. O piloto sempre alivia o pé do acelerador. Mas em situações como aquela, com um carro atravessado logo após a tangencia da curva, o sinal deveria ser mais intenso ou coisa parecida, para que os pilotos tenham a exata noção do perigo”, entende.