Barranco consegue pontuar mesmo enfrentando problemas

O 14o. lugar, que lhe valeram dois pontos, não foi o resultado esperado pelo paranaense Ariel Barranco em seu retorno à Stock Car V8 Light depois de 10 anos afastado. Mas considerando as circunstâncias, o fato de ter conquistado pontos mostra que são reais suas possibilidades do piloto da equipe Embratel 21 Motorsport terminar o ano ostentando o mesmo título que conquistou em 1995, o de campeão brasileiro da categoria.

“Sabia que teria uma corrida dura, os adversários estão muito bem preparados e tem muita gente rápida e experiente. O que eu não esperava era ter de fazer 16 voltas sob chuva sem limpador de párabrisa”, relatou o piloto, que precisou usar toda sua experiência para terminar a prova na mesma posição em que largou: a 14a. “Com a força do vento, a palheta do limpador se deslocou para fora do párabrisa e ficou enganchada na moldura do espelho retrovisor. Por isso, tive de guiar o tempo todo sem enxergar quase nada, mas fui criando referências aos poucos e nap arte final já estava quase me acostumando”, relatou o piloto da Embratel, que fez sua melhor volta na 13a. das 16 voltas da corrida.

“Foi uma espécie de cabra-cega”, compara o piloto de Curitiba. “A solução foi usar o piloto que ia à minha frente como referência. Quando via as luzes de freio acenderem, eu também freava. Deu certo, mas passei o ponto de freada algumas vezes e cheguei a sair da pista na entrada do S do Senna em algumas voltas e perdi posições que tinha ganhado com muito esforço. Mas ter chegado ao fim com o carro inteiro e marcado pontos me deixou animado. O carro é competitivo e isso me dá muita confiança para o resto da temporada”

Afirmando que agora já sabe exatamente o que significa a expressão vôo cego, Barranco já começou a se concentrar para a segunda etapa, no dia 15 em Curitiba. “É a minha terra e a minha pista. Se o problema com o limpador fosse lá, não seria tão difícil. Conheço a pista tão bem que, se eu pudesse ewscolher, não haveria treinos livres; entraríamos direto para a classificação”, brinca ele, ressaltando em seguida que a verdade é bem diferente. “É exatamente o contrário. A responsabilidade aumenta quando se corre em casa. Estou à vontade na pista, mas espero que tudo funcione bem para que eu possa subir ao pódio em Curitiba. Seria uma sensação maravilhosa”.



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