Apesar da enorme experiência adquirida nos últimos anos correndo nas mais diversas categorias do automobilismo nacional e sul-americano, o paulista Paulo Salustiano (Sawary/Bic Banco/Nicoboco/Eurofarma), da Jaime Racing, correrá pela primeira vez no circuito de Jacarepaguá (RJ) com um carro da Stock Car Light. A categoria visitará a pista carioca neste final de semana (18 e 19/9), onde disputará a sétima rodada dupla da temporada.
Esta é a segunda vez que o traçado carioca, local do GP do Brasil de Fórmula 1 na década de 80, receberá o circo da Stock Car nesta temporada. A primeira vez foi em junho, na terceira rodada dupla. Os vencedores na ocasião foram Diogo Pachenki, atual líder do campeonato, e Reck Jr., respectivamente. “A maioria dos meus rivais disputaram esta outra etapa no início do ano. Enquanto eu vou caçar, eles já estão com a carne. Mas eu falei com o Seo Jaime (chefe do time) e ele bolou um acerto inicial para o primeiro dia de treinos. Agora é chegar na pista e desenvolver o mais rápido possível, para não perder muito tempo”, declarou o piloto de 20 anos, vencedor da sétima prova da temporada, em Curitiba, no Paraná.
No entanto, ao contrário de seus principais rivais, Salustiano tem uma carta na manga. O paulista esteve presente em Jacarepaguá em duas oportunidades no mês de agosto: durante um teste com um carro de Fórmula 3 da equipe PropCar e na disputa da rodada dupla do Campeonato Brasileiro de Fórmula Renault. “Quando testei com o carro de Fórmula 3, tive a ajuda de um amigo carioca que me passou diversos macetes da pista. Estudei cada detalhe, cada curva durante este teste, e tentei empregar isso no carro da Fórmula Renault. Já com o carro da Stock Car, a tocada é diferente, etc., mas sempre tem alguma coisa que a gente aproveita”, afirmou o piloto Sawary/Bic Banco/Nicoboco/Eurofarma.
Segundo Salustiano, a briga de vácuo no circuito carioca de 4.933 metros (caracterizado por sua longa reta oposta) proporcionará bastantes ultrapassagens e fará com que a prova seja bastante disputada até o seu final. “Gosto de chegar e ultrapassar, sem perder muito tempo. Vou aproveitar o vácuo ao máximo. O Rio é uma pista grande, repleta de pontos de ultrapassagem. Com isso não vejo a classificação como um ponto vital, pois durante a prova existe a chance de recuperação. É só encher o peito e tacar o carro!”, finalizou o irreverente piloto de 20 anos.