Santa Cruz do Sul tem quebra de recorde com novo asfalto e muitos desafios aos freios da Stock Car

O novo asfalto do circuito de Santa Cruz do Sul foi aprovado pelos pilotos da Stock Car Pro Series. A principal categoria do automobilismo brasileiro faz na cidade gaúcha a nona etapa da temporada 2022 e neste sábado (24) foram realizados os primeiros treinos livres e a classificação para definição do grid de largada. A pole position ficou com Ricardo Maurício, da equipe Eurofarma-RC, seguido de Átila Abreu, da Shell V-Power, de Rubens Barrichello, da Mobil Full Time Sports, com Matías Rossi e Daniel Serra fechando os cinco primeiros do grid.

A nova camada asfáltica pelos 3.530 metros do traçado rendeu tempos de volta mais baixos em comparação com 2021. A melhor volta de todo o final de semana, na temporada passada, havia sido de 1min23s000 por Gabriel Casagrande no Q2 da classificação; em 2022, o melhor giro anotado foi de Cesar Ramos, com 1min20s541 – uma diferença de quase 2,5 segundos (2s459).

Com sol e 21ºC, a temperatura do asfalto variou entre 49 e 53ºC durante a classificação. Entre as poles anotadas em 2021 por Thiago Camilo com 1min23s552 e a deste sábado com Ricardo Maurício (1min21s769), foi 1s783 de diferença.

A melhora nos tempos não foi repetida durante a classificação. Durante a primeira fase da sessão, os pilotos observaram uma grande queda nos níveis de aderência da pista. Aos poucos, a situação foi melhorando e se estabilizando, mas os tempos de volta não chegaram aos níveis dos anotados durante o segundo treino livre.

“Por se tratar de um asfalto ainda novo, instalado há pouco tempo, a variação de temperatura acaba interferindo bastante nos níveis de aderência. Há que se considerar também o vento, que acaba ‘varrendo’ bastante sujeira e poeira para dentro da pista, o que compromete mais ainda”, destaca André Brezolin, engenheiro de projeto da Fras-le e da Fremax, fornecedoras oficiais das pastilhas e discos de freio da Stock Car. “Desta forma, acaba havendo muita instabilidade nos tempos de volta, porque o ponto de frenagem varia, assim como o contorno de curva e também a tração na saída”, concluiu.

A parte final da classificação ainda envolveu um susto envolvendo Rubens Barrichello e Digo Baptista. O piloto da Crown Racing havia escapado da pista e ao voltar, retornou bem à frente de Barrichello, que vinha em volta rápida, e a batida foi inevitável. Ambos os carros conseguiram retornar aos boxes e ninguém se feriu. O incidente resultou na exclusão de Digo Baptista, que como punição largará da última posição neste domingo.

A largada da primeira corrida será dada às 14h10 e a da segunda disputa, às 14h50. Cada prova terá 30 minutos mais uma volta de duração e o resultado da primeira determina o grid da segunda, com a inversão dos dez primeiros colocados. As corridas da nona etapa serão transmitidas ao vivo por Band, canais SporTV, pelo YouTube oficial da categoria e outras plataformas digitais.

A FRAS-LE e a FREMAX são as fornecedoras oficiais de pastilhas e discos de freio da categoria, respectivamente, e trabalham em conjunto com as todas as equipes do grid para assegurar o melhor desempenho, segurança, eficiência e confiabilidade. A Fremax é a fornecedora dos discos desde 2004 e a Fras-le, desde 2016.
“As condições da pista no início da classificação assustaram. Estávamos virando abaixo de 1min21s nos treinos livres, e do nada a pista perdeu completamente a aderência. Dava a impressão de que havia óleo brotando do asfalto. Depois a pista foi melhorando, mas não dava para pisar fora do trilho. Não se podia abusar ou passar do ponto nas curvas, e era muito difícil encaixar uma boa volta. No Q2 havia mais aderência, e no Q3 eu forcei um pouco mais porque tinha de tentar na primeira volta e consegui encaixar essa pole. A mudança do asfalto foi brutal dos treinos livres para a classificação, e foi algo que não esperávamos. Com mais aderência, tudo vai melhorando: frenagem, aproximação da curva, contorno, saída, o pacote completo. O recapeamento da pista foi muito bom, apesar dessa mudança repentina na aderência, melhorou bastante. Espero que amanhã possamos fazer duas corridas bacanas e fechar essa pole com vitória”, disse Ricardo Maurício.

“É um circuito que tem uma freada bem forte no final da reta, que é relativamente longa, mas que no geral não exige muito dos freios. Muitas curvas de média velocidade, nas quais o piloto usa o freio, claro, para reduzir um pouco a velocidade, mas principalmente para manter o carro alinhado no traçado para entrar na curva seguinte o mais bem posicionado e rápido possível. Será interessante acompanhar o desempenho e a aderência dos carros com a nova camada asfáltica que foi colocada no traçado”, disse André Brezolin, engenheiro de projeto FRAS-LE & FREMAX.



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