A pioneira experiência da Stock Car em pista montada no aeroporto do Galeão foi marcada por desafios para o trio da maior patrocinadora do esporte a motor no Brasil e no mundo. No fim do dia, coube ao sorocabano Átila Abreu o melhor resultado da Shell na terceira etapa do campeonato, com o décimo lugar na corrida 2.
O top10 veio na volta final, graças a uma ultrapassagem dupla do Chevrolet Cruze #51, selando uma formidável jornada de recuperação do vice-campeão de 2014 no retorno da categoria ao Rio de Janeiro.
Átila largou a primeira corrida em 20º e passou a primeira parte da prova na disputa em torno do top20, sempre acompanhado de Ricardo Zonta e Galid Osman.
Depois da janela de pit-stops, o Corolla #10 e o Cruze #51 avançaram, tirando proveito de abandonos de concorrentes com problemas de pneus e perda de capôs, enquanto o carro #28 foi obrigado a fazer uma parada extra. Na bandeirada final, Átila apareceu em 16º e Zonta em 18º. Galid consegui retornar, cruzando a linha em 29º.
A segunda corrida teve início ainda mais conturbado, com a chegada de chuva na curva 1. Zonta logo foi coletado e forçado a se retirar. Galid fez belo ataque por dentro, mas em questão de duas curvas também acabou coletado em outro incidente, abreviando sua trajetória na etapa.
Átila passou ileso pelos incidentes iniciais e entrou no top15 na volta 7, após a segunda intervenção do carro de segurança. Ele foi um dos primeiros a fazer seu serviço obrigatório de pits e deixou o box em vigésimo.
Depois ganhou terreno com as paradas dos concorrentes e era 13º no fim da janela. Abriu a penúltima volta uma posição à frente e, na bandeirada, conseguiu mais um top10 em 2022.
A Stock Car retorna à ação nos dias 14 e 15 de maio, no Velocitta.
O que eles disseram:
“Diz um ditado popular que quem guarda tem. E o push que eu deixei para a última volta foi fundamental para ganhar duas posições e terminar dentro do top10. A corrida 1 foi estranha, o ritmo não estava lá, mesmo com pneu novo. Não consegui evoluir e optamos pela corrida 2. Depois do forte acidente, entramos rápido e abastecemos o carro pensando na segunda corrida. Consegui um P16 na primeira. Na segunda corrida a chuva na largada assustou todo mundo, mas consegui frear bem e contornar com qualidade a curva, mas um toque me jogou na grama e isso dificultou um pouco a vida. A vantagem que tínhamos pela parada mais longa na corrida 1 acabou com os safety-car que entraram na prova, perdi muito tempo em disputa por posição com o Navarro e isso poderia ter me colocado ainda mais para cima na classificação. Largar do fundo do pelotão é sempre mais vulnerável, sempre estamos sujeitos aos toques que danificam os carros. Temos que melhorar o quali, pois nosso ritmo de corrida é muito forte, salvamos bons pontos para o campeonato. Hora de pensar na próxima corrida no Velocitta.”
Átila Abreu
“Foi um fim de semana difícil e cheio de problemas. Única sessão que o carro funcionou perfeitamente eu terminei na sétima posição, em todas as outros problemas mecânicos me impediram de competir. Hora de parar e analisar o que aconteceu para voltar forte no Velocitta e retomar o bom ritmo do começo do ano.”
Galid Osman
“Dia complicado hoje. Começamos muito bem o final de semana, inclusive liderando os treinos, mas tomei um toque nas voltas iniciais que arruinou minha corrida 1 e acabou comprometendo todo o trabalho do final de semana.”
Ricardo Zonta
