Com 125 pontos ainda em jogo, a etapa de Londrina, a oitava da temporada do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, tem tudo para ser uma das mais emocionantes de 2004. Afinal, a segunda corrida do ano em Londrina, cujos treinos terão início nesta sexta-feira às 10 horas no Autódromo Ayrton Senna, pode ser o ponto de partida para a definição do 26º título da história da mais tradicional e equilibrada categoria do automobilismo brasileiro. Giuliano Losacco é o líder com 127 pontos, seguido por Cacá Bueno, com 85, por Raul Boesel, com 66, e por Antonio Jorge Neto (Medley-A. Mattheis), que marcou 64.
Entre os dez primeiros colocados na classificação geral estão dois ex-campeões da Stock Car V8 e o atual detentor do título, David Muffato (Repsol-Boettger). Ingo Hoffmann (Filipaper Racing) e Chico Serra (WWB-Texaco) ocupam, respectivamente, a sétima e a nona posições. Ingo tem 47 pontos e Chico 39. Muffato é o décimo, ao lado de Ricardo Etchenique, companheiro de Losacco na Itupetro-RC, com 34 pontos.
“De vez em quando passa pela minha cabeça a possibilidade de ser campeão da Stock, mas logo em seguida procuro me tranquilizar e tirar essas idéias da mente. Afinal, ainda falta muita coisa até o final do campeonato”, desconversa Losacco (Itupetro-RC), que tem mantido importante regularidade na Stock V8.
Segundo colocado na classificação geral com duas vitórias no ano Losacco ganhou três Cacá Bueno participa da prova de Londrina com um olho na sua corrida e outro na atuação do líder. Além de brigar pela vitória, ele tem de torcer contra Losacco, vencedor da prova anterior realizada no dia 16 de maio deste ano no Autódromo Ayrton Senna.
“A expectativa para Londrina é boa, porque, apesar de não ter ido bem na última etapa disputada na cidade e o Losacco ter vencido, gosto da pista. Inclusive, venci em Londrina em 2002. A última etapa também não serve como parâmetro, porque choveu praticamente o fim de semana inteiro e pouco deu para desenvolver o carro”, disse Cacá (Petrobras-Action Power).
A grande experiência no automobilismo internacional não deixa Raul Boesel desanimar. M mais de 25 anos pelas pistas de todo o mundo ele já viveu situações semelhantes. Por outro lado, reconhece a importante vantagem de Losacco. Todos os pilotos serão obrigados a descartar os dois piores resultados. Com a aproximação do final da temporada, Raul prevê maiores dificuldades ainda.
“A partir de agora vamos ter duas táticas na pista. Enquanto alguns pilotos e equipes estarão pensando na briga do campeonato, outros estarão com a pressão de buscarem algum resultado para tentar acertar patrocínio para 2005. A minha tática será a de não ser atingido por quem não tem chances de lutar pelo campeonato, como aconteceu no Rio e em Curitiba”, completou o piloto da Equipe Repsol-Boettger.