Numa pista de ultrapassagens difíceis, mas não impossíveis, David Muffato (Repsol) acredita que tem tudo para acabar nesse fim de semana em Londrina com a fase de resultados desfavoráveis que o persegue desde o início da temporada. O atual campeão garante que o carro desenvolvido por Ereneu e Giovani Boettger recuperou a competitividade do ano passado e que, em condições normais, só depende de si para subir ao pódio pela primeira vez em 2004. “O carro está bom. Agora é comigo. Vou partir com tudo para a sessão classificatória e procurar sair o máximo possível na frente do grid”, avisa.
Muffato lembra que já esperava pela volta dos bons resultados nas etapas anteriores em São Paulo e Curitiba. Mas eles acabaram adiados por causa das especialíssimas condições do qualifying em Interlagos e pelas características únicas do anel externo da capital paranaense, com apenas duas curvas. Em São Paulo, o treino foi complicado pela chuva, que beneficiou os primeiros a entrar na pista; em Curitiba, não fez uma boa volta na classificação e perdeu muito tempo no tráfego. Mesmo assim, terminou em 8º depois de largar em 16º.
O circuito do norte paranaense é estreito e com muros próximos da pista na maior parte do traçado. Na primeira passagem da Stock Car pela cidade no início de maio, Giuliano Losacco conquistou a pole e ganhou sem muitas dificuldades. Seu companheiro de primeira fila, Raul Boesel, o outro piloto da Equipe Repsol, foi também o segundo na bandeirada quadriculada. Muffato, no entanto, diz que a pole é importante, mas não decisiva em Londrina. “Fundamental, mesmo, é sair na frente no anel externo de Curitiba. Aqui, em um ou dois pontos, dá pra passar.”
Muffato chegou nesta quarta-feira a Londrina e passou o dia cumprindo atividades como executivo da área atacadista na região. À noite, tinha encontro marcado com alunos dos cursos de Jornalismo e Marketing do Centro de Ensino Superior de Maringá – Cesumar, com quem discutiria aspectos da profissão de piloto e a relação com os profissionais aquelas áreas.