Em princípio, um nono lugar não é colocação que um piloto comemore. Mas quando ela é obtida na pista de casa, depois de uma luta árdua, mas limpa, com adversários de grande expressão, e ainda interromper uma série de quebras e problemas, esta colocação é muito bem vinda.
Quem atesta isso é o paranaense Thiago Marques, que chegou a duvidar de um bom resultado após marcar o 18º tempo no treino de classificação. “Mesmo sabendo que o carro era consistente, bom para a corrida, eu esperava muitas dificuldades para progredir. Mas consegui ganhar algumas posições logo nas primeiras voltas e aos poucos consegui me colocar entre os 10 primeiros, o que é um bom resultado em uma categoria tão competitiva como a Stock Car atual”, comentou o piloto de Curitiba.
Lutando com um grupo que incluía os campeões Chico Serra e David Muffato, Thiago pôde avaliar com clareza o desempenho do carro número 7 da equipe Petrobras/Action Power. “O acerto está ótimo”, anima-se ele. “Na curva de entrada da reta, eu vinha até mais rápido do que eles, mas nas retas não passava ninguém. E como não estava com mais inclinação de aerofólio do que o David e ele estava bem mais veloz, a conclusão é que faltou motor”.
Thiago e os engenheiros da Petrobras/Action Power vêm enfrentando este problema há seis corridas. “Não tem mais onde procurar. Já trocamos motor, central eletrônica, fiação elétrica, câmbio, diferencial, tudo enfim; só falta o chassi, e vamos trocá-lo para a próxima etapa. Pode não ter lógica nenhuma, mas quando o assunto é corrida, tem muita coisa sem lógica que funciona”, brinca ele. “E agora, acho que vai ser positivo. Parece que, depois da corrida daqui de Curitiba, a sorte não está mais tão longe de mim quanto antes”.