Repsol conta com reforço alemão

Disposta a reduzir a vantagem do líder Giuliano Losacco no fechamento da primeira metade do campeonato e iniciar a fase final de vez na briga pelo bi, a Equipe Repsol vai contar com um reforço de peso na próxima etapa. O alemão Alfons Hohenester, que presta consultoria a diversas marcas que disputam séries de turismo em seu país, estará em Interlagos para a corrida do dia 18 de julho.

Espécie de Michael Schumacher das suspensões, Hohenester vai ajudar a equipe do campeão David Muffato e seu companheiro Raul Boesel a desenvolver o acerto dos carros. Amigo pessoal de Ereneu Boettger, chefe da Equipe Repsol, Hohenester trabalhou durante a pré-temporada e nas primeiras etapas de 2003. Muffato ganhou três das quatro corridas iniciais e deu a arrancada que o levou ao título inédito e à quebra do longo domínio dos antigos nomes da Stock Car. A empresa de Hohenester está baseada em Ingolstadt, casa da Audi.

“Ele vem revisar os nossos acertos. Mantemos contatos freqüentemente, e, como o espaço entre a corrida do Rio de Janeiro e a de Interlagos será de cerca de 40 dias, ele aceitou nosso convite para vir a São Paulo”, explicou Boettger, que vê na visita do alemão um procedimento de rotina. “O campeonato está muito equilibrado. Excetuando-se o Losacco, os demais estão embolados. Tanto que a diferença do Raul, que está em 5º lugar, para o Antônio Jorge Neto e o Cacá Bueno, segundo colocados, é de apenas três pontos. Mas a parceria que temos com o Hohenester é um trunfo a nosso favor que vamos utilizar”, observa. Losacco tem 87 pontos, contra 55 de Neto e Cacá, 53 de Thiago Camilo e 52 de Boesel. Computando-se o descarte obrigatório de duas provas, no entanto, Boesel assume a vice-liderança com 50. Muffato está em 12º com 22.

O idioma não será uma barreira na comunicação com Hohenester, já que Ereneu, seu filho Giovani e boa parte dos mecânicos da Equipe Repsol falam alemão fluentemente. São todos naturais de Timbó, no interior de Santa Catarina, onde a equipe está sediada e a influência da colonização germânica pode ser vista em toda parte. Atualmente, os carros estão sendo submetidos a minuciosa revisão. “Fomos obrigados a fazer reparos na fibra e no alumínio dos carros, em função dos acidentes em Jacarepaguá. O escapamento do carro do Raul foi seriamente danificado pela batida por trás que ele levou do Giusepe Vecci. Ele ficou quase totalmente fechado, o que provocou considerável perda de potência do motor na parte final da prova”, explicou Boettger. Depois dos consertos, as carrocerias serão repintadas.



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