Chuva pode complicar corrida no Rio

Quatro anos depois, são as grandes as possibilidades de que a chuva complique uma corrida da Stock Car. A consulta a diversos institutos meteorológicos revela que a cidade do Rio de Janeiro, onde a quinta etapa da temporada será movimentada neste fim de semana, estará sob influência de frente fria pelo menos até sábado, último dia de previsão disponível no site das empresas. As chances de precipitações na sexta-feira e no sábado são de 90%. O índice pluviométrico aguardado para sábado é de 25 mm, contra 15 mm na véspera.

Caso o mau tempo persista até domingo, a Stock Car poderá finalmente voltar a correr com pista molhada. Até agora, em quatro provas deste ano, a chuva já havia afetado a programação em Tarumã (RS) e Londrina (PR). Na segunda etapa do calendário, as chuvas da sexta-feira levaram a direção de prova a vetar a entrada dos carros no veloz e perigoso circuito gaúcho. Na corrida seguinte, a tempestade que despencou sobre o autódromo de Londrina por pouco não provocou o adiamento da sessão classificatória para a manhã do domingo. Com a melhoria das condições climáticas, no entanto, o qualifying foi realizado com o asfalto entre molhado, úmido e seco.

A Stock Car não tem uma prova realizada debaixo de chuva desde 2000, ano de estréia do chassi tubular e último antes da estréia do motor V8. A última foi disputada exatamente em Jacarepaguá. “Eu ainda estava na Stock Light, mas lembro que choveu demais e a direção de prova foi obrigada a alterar o traçado, trocando o anel externo pelo misto por motivo de segurança”, lembra David Muffato (Repsol), atual campeão.

Raul Boesel, companheiro de equipe de Muffato, ainda não havia regressado à categoria naquela época. Para ele, a pista molhada não oferece vantagens a ninguém, embora reconheça que alguns pilotos podem ter uma habilidade maior no piso escorregadio. “A visibilidade cai muito e o risco aumenta em 100%. Não acredito que alguém, com sinceridade, possa torcer ou esperar pela chuva. Quem tem um bom acerto para o molhado leva vantagem; quem não tem não consegue no braço fazer a diferença a esse ponto”, garante o vice-líder. Boesel lembra que o mau tempo tem outras implicações negativas: “Atrapalha o público e reduz o interesse pelo evento. Tomara que não chova no Rio, porque soube que a venda antecipada de ingressos está excelente.”



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